O
ser humano foi criado para se relacionar com Deus e, por isso mesmo, sempre vai
desejar o encontro. Nas palavras de
Agostinho de Hipona: “porque nos fizeste para ti, e nosso coração está inquieto
enquanto não encontrar em ti descanso”.
Ou seja, homens e mulheres sempre buscarão o místico, o sagrado e o
transcendente – este é o impulso natural de sua alma e coração. Compreendendo assim, em certo sentido,
religião é o que poderíamos chamar de manifestação essencialmente humana.
De acordo com o dicionário, a religião pode ser
entendida em dois conceitos: (1) crença de que existe uma força sobrenatural
criadora do Universo, de todas as coisas e pessoas, sendo essa força Deus; e
(2) reunião dos princípios, crenças e ou rituais particulares concebidos a
partir do pensamento de uma divindade.
Por esse conceito: todo ser humano, em qualquer
época ou lugar, atribui respostas sobrenaturais ao mundo que o cerca e por isso
crê que há forças místicas superiores (pessoais ou não) que estabeleçam valores
e normas. E mesmo aqueles que se dizem
ateus, de certa maneira atribuem valor sagrado a algo – conceito, pessoa ou
coisa.
Também,
a vivência humana em sociedade sempre passa a ser estabelecida a partir de
normas religiosas reconhecidas que estabelecem valores e comportamentos. É o reconhecimento da divindade e do sagrado
que dita os critérios e a moralidade das relações sociais. Inclusive toda a construção cultural passa
ser orientada tendo essas mesmas bases.
(Da Revista
DIDASKAIA – 1º quadrimestre / 2023 – IBODANTAS)
Nenhum comentário:
Postar um comentário