Instruindo
seus discípulos sobre as disciplinas da vida cristã, Jesus apresentou o tema da
oração (Mt 6:5-8). Para o Mestre, muito
mais que o cumprimento de rituais religiosos, públicos ou particulares, a
oração é um diferencial indispensável para o discipulado. E Jesus começa retomando a mesma ênfase da
ação cristã: não é para ser usada como vitrine da fé! O que se faz para ser
visto pelos homens não é feito para agradar a Deus – logo realmente não o
agradará.
Sigo
com as instruções claras de Cristo: primeiro, a oração do discípulo é reflexo
da intimidade filial com Deus: “vá para o seu quarto...” (Mt 6:6). É claro que Jesus não nega a realidade do
culto e da oração comunitária, mas quer dar ênfase à oração particular, íntima,
que deve ser a base da vida cristã. Quem
quer se encontrar com Deus, deve deixar o mundo – nem que seja por alguns
momentos – e buscar se derramar lá onde ninguém sabe que você o está
buscando. Lá nesta intimidade do quarto
fechado não há liturgias pré-fixadas ou tradições a serem observadas; é onde o
vento do Espírito sopra como quer, sem impedimento algum, e a alma faminta é
saciada com toda sorte de bênçãos espirituais.
Em
segundo lugar Jesus recrimina a repetição vã das palavras de oração. Também aqui ele não nega a insistência em
suplicar diante de Deus, pelo contrário, Jesus sempre incentivou o clamor. O que o Mestre afirma é que a verdadeira
oração do discípulo é espontânea e sincera.
Jesus
ainda diz: seu pai o recompensará (é o final do mesmo verso 6:6). Esta é a promessa para o discípulo que
desfruta da realidade da oração no quarto fechado. O Pai que vê em secreto atende, restaura a
vida e cumpre todas as suas promessas.
Vivamos uma vida de oração desta natureza, para a glória do Senhor.
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