Jesus
apresentou no Sermão da Montanha o seu projeto de Discipulado Radical. Na primeira parte (Mt 5) estão descritas as
características dos bem-aventurados discípulos e qual a interpretação que o
próprio Mestre dá à Lei e ao Mandamento antigo.
Chegando ao capítulo 6, Mateus apresenta as novas considerações das
atitudes religiosas requeridas do discipulado – são as disciplinas espirituais
necessárias para a vida cristã segundo o modelo de Jesus Cristo: boas obras,
orações e jejuns estão neste plano.
Deixe-me
seguir o plano do evangelista e começar com a prática das boas obras. Considerando as palavras de Tiago (2:14-26),
posso definir obras como sendo a face visível e concreta de tudo aquilo que
reconheço como fé em Deus. Ou seja, a fé
que Deus faz acontecer em meu interior produz ações e reações exteriores em
todos os aspectos de minha vida: isto são obras cristãs.
O
Mestre chama atenção para dois aspectos destas obras cristãs: em primeiro lugar
questiona: De quem espero receber o galardão pelas minhas obras? Se espero respostas humanas (dos outros e
minha própria) pelas minhas obras, elas não podem ser consideradas cristãs –
não são frutos do discipulado radical!
Depois
Jesus fala da naturalidade que deve revestir as obras cristãs. Não deve haver premeditação ou excepcionalidade
nas obras cristãs. As obras cristãs têm
de ser de tal forma natural em minha vida que eu faça o que tenho de fazer como
cristão e discípulo radical sem que isto seja um peso.
Voltando
a Tiago, ele fala que a fé sem obras é morta (Tg 2:17). Sendo um discípulo radical, minha vida cristã
tem que ser encarada naturalmente, para ser vista pelo Mestre e somente dele
esperar respostas e recompensas, pois a glória pertence a Cristo.
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