Na vida dita moderna, como a vivemos hoje em dia,
todo mundo conhece um motor. Mesmo que
você não seja engenheiro mecânico ou não esteja familiarizado com seu funcionamento
e muito menos se sinta capaz de construí-lo ou consertar um deles; você conhece
um motor e deve estar cercado de alguns neste momento.
Para efeito de nossa consideração nesta parábola
não quero pensar num motor qualquer, mas num motor à explosão como aqueles que
equipam os carros que enchem nossas cidades e vias. Assim, devo comparar a igreja e a tradição
que a ela diz respeito a um carro e ao seu respectivo motor. Acompanhe comigo – mas deixe-me dizer logo
que também não sou engenheiro nem mecânico.
O ponto de partida da comparação é a realidade de
que o motor é sempre parte de um todo maior.
Não faz sentido ter um motor que não esteja devidamente colocado em um
carro. E nem aquele conjunto de coisas
será de verdade um automóvel sem que nele esteja colocado um motor.
Por agora creio que já deu para entender que sendo
a igreja um carro e a tradição o seu motor; esta última terá como única função dar
dinâmica e movimento à primeira, enquanto aquela lhe dar abrigo, razão e objetivo. Mas continuemos a comparação.
É verdade que existem diferentes tipos de igrejas e
tradições, como existem diferentes tipos de carros e motores: uns sãos
barulhentos, outros silenciosos. Alguns
mais potentes, outros mais delgados. Uns
se destacam na carenagem do carro, outros quase não são percebidos. Uns exigem um acompanhamento mecânico mais
presente, outros funcionam quase que sem que mãos especializadas o toquem. Alguns consomem muito combustível, enquanto
outros são bem econômicos. Todos,
contudo são igualmente motores à explosão e também de modo igual foram
colocados ali para cumprirem um papel: fazer do carro um automóvel.
Outro detalhe a se considerar é que alguns
motoristas consideram o motor o item mais importante na hora de escolher ou
valorizar um carro a ser avaliado, enquanto outros talvez sequer tenham se dado
o trabalho de levantar o capô para verificar se há mesmo uma máquina ali. Mas seja qual for o caso, um carro sem motor
é sempre apenas uma carcaça inútil.
Importantíssimo também é destacar quatro outras
características indispensáveis a um motor à explosão quanto ao seu
funcionamento no conjunto do carro.
Primeiro: para trabalhar e gerar a força motriz que o carro precisa, o
motor precisa de energia e principalmente combustível. O mais bonito, potente e bem equipado motor
para nada vai servir se não houver nele gasolina que o faça explodir para
trabalhar.
Segundo: independente das características que tenha
o motor do carro, ele nunca trabalhará sozinho.
No conjunto do automóvel o motor à explosão deve estar ligado a outras
partes mecânicas que fazem a força gerada lá dentro de suas câmaras serem
efetivamente transformadas em movimento e velocidade para o carro.
Terceiro: também precisa todo e qualquer motor ser
dirigido – comandado. Por mais moderno e
auto-suficiente que um motor de carro possa parecer, ele sempre dependerá que
alguém decida acioná-lo para que ele funcione.
Isto quer dizer que pode ser simples ou eletronicamente complexo, um
motor sempre carecerá de controle.
E quarto.
Não deve ser esquecido que um bom motor exige manutenção e
principalmente um bom óleo lubrificante para que suas partes interajam sem
comprometer nem a elas mesmas nem o todo da máquina. É o óleo que dará durabilidade ao motor e
propiciará as condições para que ele resista às explosões internas sem fundir
ou danificar-se.
Volto a dizer: igreja não é tradição – como carro
não é motor. Mas não dá para separar uma
da outra. Assim, para que sua igreja
continue automotora, cuide do estofamento, da lataria e dos faróis, eles são
importantes, mas principalmente levante o capô, avalie e cuide do motor que o
Senhor colocou nela.
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