Achei na Internet e baixei para
meu computador um arquivo com mais de uma centena de músicas em formato MIDI
intitulado "Hinos Antigos".
Dei uma busca procurando informações por direitos autorais, quem gravou,
quem é (ou são) o instrumentista ou qualquer outra que fosse relevante e
sinceramente não as encontrei (então, neste caso, vou me resguardar o direito
de apenas comentar sem indicar o sítio de origem).
São todos arquivos de músicas
instrumentais tocadas no que me parece ser um velho harmônio acompanhado apenas
de um piano e, em alguns poucos casos mais um ou outro instrumento de
percussão. Não é difícil reconhecer o
que está sendo executado – até porque eles estão nomeados com o número do hinário
correspondente e o título. Há hinos do
amado Cantor Cristão e de sua releitura,
o HCC (mas sei que eles são comuns a
vários outros hinários evangélicos tradicionais).
Mas vamos ao que realmente
interessa: o som que me delicio ouvindo.
Como não há letra ou canto – lógico! – as melodias se impõem por si
só. E para citar alguns, são hinos do quilate
de Fonte És Tu de Toda Bênção (17
HCC); Mestre, o Mar se Revolta (408
HCC); Amigo Incomparável (81 CC); Rude Cruz (132 HCC); Servir Alegremente (420 CC); Jesus Pastor Amado (566 HCC), Meu Senhor Sou Teu (361 HCC) entre
outros igualmente valorosos.
Alguns de tais hinos têm uma linha
melódica simples, harmonia previsível e ritmo repetitivo enquanto outros
apresentam soluções musicais bem mais ricas e elaboradas, mas com certeza todos são
herdeiros de uma mesma tradição evangélica na qual gerações sucessivas de
crentes foram doutrinados e louvaram de alma sincera diante do Senhor.
Ouvi-los assim me traz a confortante
certeza do sentimento de pertencer a tão significativa história. Eles me dizem que eu não estou perdido ou
largado na vida e no tempo, mas estou inserido em algo bem maior que eu mesmo e
minha curta linha de vida: não sou efêmero!
Reconhecer estes acordes realmente faz bem a minha alma.
Antes prosseguir, contudo, não
resisto em comentar algo teórico sobre o conceito e a importância de
religião. Como definição é o religare, aquilo que me liga a dá
significado a minha existência. Como
conteúdo é o perfeito amálgama entre tradição e nova vitalidade onde ambos são
igualmente indispensáveis.
Voltando aos velhos hinos, eles também são um
impressionante testemunho de uma outra época e de uma outra agenda teológica da
qual nos referimos às vezes com certo ar de nostalgia ou de verdadeira saudade,
mas com certeza que já não consta da maioria de nossas canções modernas (não
que eu seja contra estas últimas, pelo contrário, acho que há ainda hoje
contribuições que só enriquecem nossa hinódia).
É certo que cantamos o que cremos
(pelo menos deveria ser assim); bem como o inverso é verdadeiro: somos levados a
crer naquilo que cantamos. E se pouco
cantamos hoje que no serviço do meu Rei
eu sou feliz talvez seja porque isto já não esteja entre nossas prioridades
cristãs.
Mas continuo ouvindo num moderno
computador ressoar a melodia antiga que já faz parte de minha própria história
de fé e nem preciso que a letra esteja ali para que eu me sinta familiarmente
em espírito de adoração: Canta minha
alma, canta ao Senhor, rende-lhe sempre ardente louvor.
hoje vou tentar fazer isso ok
ResponderExcluirvou ver na you tube]
ResponderExcluirok
Jabes Filho, amo este estilo de música e gostaria de baixar também no meu computador. Quando nos encontrar-mos quero saber as dicas. Beijão!!!
ResponderExcluirEu também faço isso, quase que diariamente. Como se fosse uma devocional. Só que, com o LOUVADEUS, da JUERP, todos os MID's do HCC. Enlevo o meu espírito, e, de quebra, aprendo a cantar.
ResponderExcluirAconselho a todos, fazerem o mesmo. É bom demais!
MANASSÉS F. LIMA