As crianças de nossa Igreja estiveram
envolvidas no projeto Transformados.com
na Escola Bíblica. O tema é por demais sugestivo,
principalmente se pensarmos nelas, nas crianças, e no mundo em que elas estão
vivendo. Preste atenção:
PlayStation, mp3, TV a cabo, Internet, wireless, wii, iPad, MSN,
celular, netbook, Xbox, iPhone, facebook, 3DS, you tube, pen drive, iPod, WiFi,
tablets, twitter, chip, GPS. Estes e outros gadgets estão no cotidiano real ou
virtual de nossas crianças como parte de suas próprias existências (e se você,
como eu, nem sabe direito o que é e para que serve vários destes gadgets, posso lhe garantir que a
maioria é apenas quinquilharias eletrônicas).
Assim, somos todos, de certo modo,
arrastados neste mundo em constante transformação e ebulição onde as
tecnologias se sucedem com velocidades desconcertantes; os relacionamentos e as
redes sociais (bem como as formações e informações) virtuais superam os
palpáveis; o possuir e o controlar são recomendáveis; e tudo é muito fluído,
rápido, efêmero e provisório.
Por extensão nossos valores,
critérios, moralidade e verdades mais substanciais têm acabado ganhando as
mesmas configurações. Penso que se o
apóstolo Paulo estivesse diante desse nosso mundo como esteve da Atenas pós-clássica
nos acusaria igualmente de tentar encontrar Deus tateando as coisas que nós
mesmos fazemos (a expressão é de At 17:27, mas leia todo o discurso entre os
versos 22 e 31).
E então, frente a esta nova geração
que hoje apenas brinca em sua infância, mas que logo estará assumindo seus
destinos, corremos o risco de nos tornarmos irrelevantes (ao contrário da
instrução paulina em Fl 2:15-16).
Diante disso tudo, a solução ainda
é bíblica. Aos Romanos Paulo enfatizou a
não haver aceitação, acomodação ou conformação com o padrão do mundo que rodeia
a igreja (a citação é de Rm 12:2 e isso valia tanto para o século primeiro como
para o nosso hoje). Não que as quinquilharias
sejam em si problemas, mas os valores que os cercam são um desafio real e
evangélico à nossa vida e modelo cristãos.
Em Cristo só nos resta o
compromisso constante de assumir a verdadeira transformação. E com certeza Paulo não estava falando de
inconstâncias, mas de uma transformação radical (porque chega à raiz da vida), básica
(porque leva em consideração a base sólida da fé) e essencial (porque vai além
do formato implicando no conteúdo).
No meio desta geração ponto-com,
que possamos ser verdadeiramente transformados.com Deus e em Cristo para poder
experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
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