Então
disse Davi a toda a assembleia: 
“Louvem o SENHOR, o seu Deus”.
E todos eles louvaram o SENHOR,
o Deus dos seus antepassados,
inclinando-se e prostrando-se
diante do Senhor e diante do rei.
(1Cr 29:20)
“Louvem o SENHOR, o seu Deus”.
E todos eles louvaram o SENHOR,
o Deus dos seus antepassados,
inclinando-se e prostrando-se
diante do Senhor e diante do rei.
(1Cr 29:20)
O
texto destacado aqui se refere a uma celebração dirigida por Davi
já nos seus últimos dias quando comemorou as dádivas para a
construção do templo e anunciou Salomão como seu sucessor.  
O
rei sabia que seus dias estavam chegando ao fim e ainda neste momento
demonstrou algumas de suas melhores características: como
administrador hábil, nomeou Salomão de maneira inquestionável seu
sucessor político e comandante-em-chefe das tropas militares; e como
adorador fiel convocou o povo para uma celebração e adoração ao
Senhor. 
Esta
cerimônia de louvor e adoração comandada pelo rei Davi se
configurou como uma espécie de modelo ou projeto de culto que
deveria ser prestado no santuário de Jerusalém a ser construído. 
Dela é possível apontar alguns destaques. 
Em
primeiro lugar, embora Davi soubesse que a construção do templo
central provocaria uma mudança radical no modelo de adoração
ocorrida até então, ele tinha a consciência de haver uma linha de
continuidade entre o culto em Jerusalém e a adoração dos
antepassados.  Tanto no próprio louvor proferido pelo rei como pela
resposta do povo há uma referência ao Deus dos pais (veja mais 1Cr
29:10).
Embora
muita coisa nova estivesse acontecendo, o culto no templo não
deveria ocorrer como um rompimento definitivo com as manifestações
de Deus no passado.  Na adoração de Davi estava o reconhecimento de
que o mesmo Deus que o tinha escolhido e conduzido até aquele
momento era o Deus que tinha se revelado ao patriarca Israel.  
Isto
daria historicidade e legitimidade ao seu culto, e Davi sabia da
importância de tais elementos em sua adoração.   
Na
celebração real também pode ser observado um oferecimento de
ofertas.  A motivação inicial do culto já incluía as ofertas.   
Davi
sabia que ofertar a Deus e ao seu templo era suficiente motivo para
já celebrar, e ele o faz com mais oferendas e doações. 
Acompanhados de muito louvor e alegria, foram colocados no altar de
Deus mais de três milhares de animais para serem sacrificados em
holocausto. 
Chama
a atenção na narração em língua original que a expressão usada
para o oferecimento no culto de Davi – que em nossa língua é
traduzida por holocausto – significa um sacrifício queimado
totalmente (o verso é 1Cr 29:21).  É como se o texto bíblico
estivesse enfatizando que o oferecimento de Davi em seu culto era
completo e que aquilo que o rei trazia para o Senhor em seu culto
deveria ser para o próprio Deus apenas, sem esperar nada em troca.
Ainda
precisa ser destacado que todo o culto oferecido pelo rei Davi está
revestido de beleza e grandiosidade.  Davi era uma artista – o que
significava que sua alma era tocada pela beleza poética de forma
diferenciada – além de que, como citado, aquela celebração
deveria se constituir um modelo de culto para o futuro templo. 
Tudo
era muito belo, tudo era muito festivo.  Aquilo era adoração na sua
mais pura forma, com ofertas e cânticos diante de Deus.  Se a alma
estava prostrada em adoração diante de Deus, o corpo assim se
posicionava e todo o culto se revestia da beleza da santidade de Deus
– uma antecipação do esplendor do santuário que seria erguido (o
próprio Davi no Sl 29:2 conclama a uma adoração assim). 
E
o texto descreve o desfecho deste culto: naquele
dia comeram e beberam com grande alegria na presença do Senhor
(1Cr 29:22).
► Leia mais sobre o tema aqui: "Ainda refletindo sobre o culto prescrito por Davi" (link)

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