A
Declaração Doutrinária diz: “A Bíblia é a palavra de Deus em linguagem humana.  É o registro que Deus fez de si mesmo aos
homens”.  Paremos aqui, que basta.  Isto mostra porque a consideramos suficiente
para nos nortear religiosamente.  Não
basta dizer que a Bíblia é a Palavra de Deus. 
Todo grupo herético diz isso, mas estabelece suas normas com base na sua
tradição ou mandamentos de fundadores ou líderes que tenham o poder.  A Declaração Doutrinária da Convenção Batista
Brasileira é um documento que me soa bem e no qual me situo sem problemas.  Mas é um indicativo e não normativo.  Ele indica o que cremos e não é uma norma
para nós.  Nossa normativa são as
Escrituras e nenhum outro documento.  Ninguém
deixará de ser batista por não aceitar a Declaração Doutrinária da CBB.  Há grupos batistas que não a aceitam.  Mas qualquer batista que negue a Bíblia como
Palavra de Deus colocou em xeque seu caráter batista.
Seguimos
o Sola Scriptura de Lutero.  Ele
rejeitou que a Tradição e o Magistério da Igreja regessem a teologia da Igreja.  Isto nos serve.  Temos muito de tradição e de magistério como
formadores de nossa teologia.  Por mais
santo que seja um pastor, ele não pode ser a autoridade final para a igreja, e
se discordar da Bíblia, ele está errado. 
A Bíblia rege nossa doutrina e nossa prática.
Os
batistas sempre nutriram profundo zelo pelas Escrituras.  Quando ela fala, nós falamos.  Quando ela cala, nós calamos.  Todo material que produzimos e toda postura
eclesiológica devem ser avaliados por ela. 
Não é se deu certo em algum lugar ou se está enchendo alguma igreja em
algum lugar, ou se foi proferida por algum teólogo ou pastor consagrado ou
famoso, mas se é bíblico.  Todas as
heresias nasceram de pessoas espirituais e zelosas, e não de pessoas depravadas.  Delas se pode dizer o que Paulo disse dos
judeus: “têm zelo por Deus, mas não com entendimento”.  O entendimento correto das Escrituras é
fundamental para uma denominação sadia.  E
o fato de ela ser suficiente é básico.
Extraído de uma palestra preparada pelo
Pr.  Isaltino Gomes Coelho Filho (1948-2013)
para um congresso doutrinário em Altamira, Pará, novembro de 2009.
 

 
 
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