terça-feira, 27 de setembro de 2016

Os Grandes Princípios Batistas – A SUFICIÊNCIA DAS ESCRITURAS

A Declaração Doutrinária diz: “A Bíblia é a palavra de Deus em linguagem humana.  É o registro que Deus fez de si mesmo aos homens”.  Paremos aqui, que basta.  Isto mostra porque a consideramos suficiente para nos nortear religiosamente.  Não basta dizer que a Bíblia é a Palavra de Deus.  Todo grupo herético diz isso, mas estabelece suas normas com base na sua tradição ou mandamentos de fundadores ou líderes que tenham o poder.  A Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira é um documento que me soa bem e no qual me situo sem problemas.  Mas é um indicativo e não normativo.  Ele indica o que cremos e não é uma norma para nós.  Nossa normativa são as Escrituras e nenhum outro documento.  Ninguém deixará de ser batista por não aceitar a Declaração Doutrinária da CBB.  Há grupos batistas que não a aceitam.  Mas qualquer batista que negue a Bíblia como Palavra de Deus colocou em xeque seu caráter batista.
Seguimos o Sola Scriptura de Lutero.  Ele rejeitou que a Tradição e o Magistério da Igreja regessem a teologia da Igreja.  Isto nos serve.  Temos muito de tradição e de magistério como formadores de nossa teologia.  Por mais santo que seja um pastor, ele não pode ser a autoridade final para a igreja, e se discordar da Bíblia, ele está errado.  A Bíblia rege nossa doutrina e nossa prática.
Os batistas sempre nutriram profundo zelo pelas Escrituras.  Quando ela fala, nós falamos.  Quando ela cala, nós calamos.  Todo material que produzimos e toda postura eclesiológica devem ser avaliados por ela.  Não é se deu certo em algum lugar ou se está enchendo alguma igreja em algum lugar, ou se foi proferida por algum teólogo ou pastor consagrado ou famoso, mas se é bíblico.  Todas as heresias nasceram de pessoas espirituais e zelosas, e não de pessoas depravadas.  Delas se pode dizer o que Paulo disse dos judeus: “têm zelo por Deus, mas não com entendimento”.  O entendimento correto das Escrituras é fundamental para uma denominação sadia.  E o fato de ela ser suficiente é básico.

Extraído de uma palestra preparada pelo Pr.  Isaltino Gomes Coelho Filho (1948-2013) para um congresso doutrinário em Altamira, Pará, novembro de 2009.

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