Neste
domingo – oito de março – se comemora o Dia Internacional da Mulher. Sobre este dia e sua conquista muito poderia
ser dito, mas quero voltar meus olhos aqui para Jesus e como ele se relacionou
com elas. Tenho certeza que da vivência
do Mestre muito podemos aprender.
Para
tanto, vamos citar três mulheres: a samaritana (em Jo 4:1-26), a adúltera (em
Jo 8:1-11) e a hemorrágica (em Mc 5:25-34). São três mulheres distintas e três
observações.
A
primeira observação é que nenhuma deles é citada pelo nome. Elas ficaram registradas na história como
mulheres anônimas. Talvez por que os escritores não julgaram importante a
citação, ou talvez por que apenas refletiam os preconceitos de sua comunidade. O certo é que no seu anonimato tais mulheres
trouxeram para si o paradigma da mulher no meio de uma sociedade decaída pelo
pecado e injusta, mas que individualmente precisam ser alcançadas.
O
posicionamento de Jesus vai na direção oposta. A cada uma delas o Mestre dá uma atenção
diferenciada e particular. Jesus fala,
toca e acolhe tais mulheres dando-lhes o valor que deveriam receber. Mais do que apenas uma no meio da multidão,
Cristo cuida de todas e de cada uma em especial. Assim ele nos criou, é assim que ele quer que
sejamos tratados.
Também
observamos que estas mulheres chegaram a Jesus por circunstâncias diversas. Uma foi abordada diretamente por Jesus; outra
foi trazida por seus acusadores; e a outra tomou a iniciativa movida pela
necessidade. O certo, contudo, é que
elas entraram em contato com Jesus e foram recebidas – tiveram um verdadeiro
encontro pessoal com o Mestre.
É então
fácil compreender que seja qual for o motivo ou a forma como cada uma chegou
até Jesus, elas tiveram acesso imediato a Cristo. Não faz diferença o que – ou quem –
efetivamente nos leva ao Senhor, ele está sempre disposto a nos receber.
E em
última análise, observamos que as três mulheres tiveram suas vidas
profundamente modificadas por causa do encontro com Jesus. A samaritana viu renovada sua dignidade e a
sede espiritual saciada; a adúltera teve seus pecados perdoados e uma nova
oportunidade para acertar na vida; e a hemorrágica sentiu a cura de seu mal e
recebeu a paz divina.
O
encontro com Jesus sempre muda a história humana. Mesmo vivendo como e onde viviam, cada mulher
que foi alcançada pelo Mestre pode experimentar uma novidade de vida – isto é
que faz toda a diferença. Ainda hoje,
quando se dá um encontro real e pessoal com Cristo, toda a estrutura de nossa
vida é alterada, e para melhor.
Que em
nossas histórias possamos aprender com as mulheres do passado, famosas no seu
anonimato, que se encontraram com Jesus Cristo e vivenciaram um novo nascimento
para a glória de Deus.
(Este texto apareceu pela primeira vez no
sítio ibsolnascente.blogspot.com em 06/mar/2009. A imagem lá em cima é a reprodução de um frame da obra cinematográfica "A Paixão
de Cristo" de Mel Gibson)
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