sexta-feira, 6 de março de 2015

TRÊS MULHERES

Neste domingo – oito de março – se comemora o Dia Internacional da Mulher.  Sobre este dia e sua conquista muito poderia ser dito, mas quero voltar meus olhos aqui para Jesus e como ele se relacionou com elas.  Tenho certeza que da vivência do Mestre muito podemos aprender.
Para tanto, vamos citar três mulheres: a samaritana (em Jo 4:1-26), a adúltera (em Jo 8:1-11) e a hemorrágica (em Mc 5:25-34).  São três mulheres distintas e três observações.
A primeira observação é que nenhuma deles é citada pelo nome.  Elas ficaram registradas na história como mulheres anônimas. Talvez por que os escritores não julgaram importante a citação, ou talvez por que apenas refletiam os preconceitos de sua comunidade.  O certo é que no seu anonimato tais mulheres trouxeram para si o paradigma da mulher no meio de uma sociedade decaída pelo pecado e injusta, mas que individualmente precisam ser alcançadas.
O posicionamento de Jesus vai na direção oposta.  A cada uma delas o Mestre dá uma atenção diferenciada e particular.  Jesus fala, toca e acolhe tais mulheres dando-lhes o valor que deveriam receber.  Mais do que apenas uma no meio da multidão, Cristo cuida de todas e de cada uma em especial.  Assim ele nos criou, é assim que ele quer que sejamos tratados.
Também observamos que estas mulheres chegaram a Jesus por circunstâncias diversas.  Uma foi abordada diretamente por Jesus; outra foi trazida por seus acusadores; e a outra tomou a iniciativa movida pela necessidade.  O certo, contudo, é que elas entraram em contato com Jesus e foram recebidas – tiveram um verdadeiro encontro pessoal com o Mestre.
É então fácil compreender que seja qual for o motivo ou a forma como cada uma chegou até Jesus, elas tiveram acesso imediato a Cristo.  Não faz diferença o que – ou quem – efetivamente nos leva ao Senhor, ele está sempre disposto a nos receber.
E em última análise, observamos que as três mulheres tiveram suas vidas profundamente modificadas por causa do encontro com Jesus.  A samaritana viu renovada sua dignidade e a sede espiritual saciada; a adúltera teve seus pecados perdoados e uma nova oportunidade para acertar na vida; e a hemorrágica sentiu a cura de seu mal e recebeu a paz divina.
O encontro com Jesus sempre muda a história humana.  Mesmo vivendo como e onde viviam, cada mulher que foi alcançada pelo Mestre pode experimentar uma novidade de vida – isto é que faz toda a diferença.  Ainda hoje, quando se dá um encontro real e pessoal com Cristo, toda a estrutura de nossa vida é alterada, e para melhor.
Que em nossas histórias possamos aprender com as mulheres do passado, famosas no seu anonimato, que se encontraram com Jesus Cristo e vivenciaram um novo nascimento para a glória de Deus.

(Este texto apareceu pela primeira vez no sítio ibsolnascente.blogspot.com em 06/mar/2009.  A imagem lá em cima é a reprodução de um frame da obra cinematográfica "A Paixão de Cristo" de Mel Gibson)  

Nenhum comentário:

Postar um comentário