terça-feira, 24 de julho de 2012

Disciplina cristã IX – VOTO

A disciplina cristã do voto ao Senhor (também podemos chamar de pacto) está entre as mais difíceis de serem experimentadas e vivenciadas em sua santa plenitude.  Mas, por outro lado, pode representar uma das melhores oportunidades do crente fiel se comprometer completa e voluntariamente ao serviço cristão, habilitando-se mais ainda para o exército de Deus.  Observe que a linha que separa o voto santo e disciplinado do arrogante e precipitado é muito tênue, mas quando se consegue exercer tal disciplina sob a orientação do Mestre, bênçãos maiores virão.
Quanto ao tema paralelo do juramento, que de costume acompanha o voto, chamamos apenas a atenção que para o cristão o juramento é completamente desnecessário, chegando até a ser desaconselhado e interdito, pois sua própria palavra deve ser suficiente para ter credibilidade diante dos que lhe ouvem. 
Na Bíblia, o texto que trata do voto com maior propriedade é com certeza o livro de Eclesiastes:
Quando você fizer um voto, cumpra-o sem demora, pois os tolos desagradam a Deus; cumpra seu voto.  É melhor não fazer voto do que fazer e não cumprir.  Não permita que a sua boca o faça pecar.  E não diga ao mensageiro de Deus: "O meu voto foi um engano".  Por que irritar a Deus com o que você diz e deixá-lo destruir o que você realizou? Em meio a tantos sonhos absurdos e conversas inúteis, tenha temor de Deus.
(Ec 5:4-7)
Várias lições precisam ser extraídas aqui.  Uma delas é que o voto não é uma disciplina obrigatória.  Podemos proferi-lo ou não.  Deus vai executar seus propósitos entre nós, independente dos nossos votos, ou seja, o voto me compromete voluntariamente com o meu Deus, mas não o contrário.
Fundamental, contudo, é que se aprenda que uma vez tendo se comprometido com o voto, este deve ser cumprido necessariamente, e com presteza.  E se não for para cumprir assim, é melhor que não entre por este caminho! A quebra do voto é um absurdo inútil que irrita a Deus e nos transforma em tolos.
E o que ganhamos com isso? Se em nada vou alterar o curso das ações de Deus, o voto só servirá para nos comprometer de antemão a responder a Deus por suas bênçãos incontáveis.  Assim, o voto é predisposição à oferta voluntária, é estar desde já pactuado em trazer perante o Senhor daquilo que pela fé já sei que ele vai operar em minha vida.

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