terça-feira, 9 de dezembro de 2025

NÃO SE PROSTRARAM



Em certa ocasião, o rei Nabucodonosor mandou erguer uma estátua de ouro para que todos se prostrassem e a adorassem (Dn 3.1,5).

Chegado o momento da adoração à estátua, os três amigos judeus se recusaram a prestar culto ao ídolo, sendo denunciados ao rei (Dn 3.12).  Então, na sua ira, o rei os ameaçou jogar numa fornalha, questionando: “Quem é esse deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” (v. 15).

A resposta dos jovens foi firme: “O nosso Deus nos livrará da tua mão” (Dn 3.17), mas, mesmo que venhamos a morrer, “não cultuaremos teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro” (v. 18).  Assim, por conta disso, eles foram lançados no fogo (v. 21).

Estando lá no meio do fogo, eis que o sobrenatural aconteceu e o rei olhou e percebeu que eram quatro os que passeavam entre as chamas.  E mais, nas palavras do próprio Nabucodonosor: “o quarto homem é parecido com um filho dos deuses” (Dn 3.25).

Então a firmeza dos judeus foi reconhecida e o Deus dele adorado com as palavras reais: “Bendito seja o Deus que enviou seu anjo e livrou seus servos, que confiaram nele e frustraram a ordem do rei, preferindo entregar os seus corpos a cultuar ou adorar outro deus, senão o seu Deus” (Dn 3.28).

 

(A partir da revista COMPROMISSO – Convicção Editora – Ano CXVII – nº 468.  Na imagem: xilogravura retratando Nabucodonosor II pelo gravador alemão do século XVI Georg Pencz, de uma série de xilogravuras intitulada Tiranos do Antigo Testamento atualmente no Cleveland Museum of Art / USA – fonte: wikipedia.org)

 

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

A VIDA HUMANA

 


Ao narrar as origens de tudo, na poesia do primeiro capítulo da Bíblia, o autor sagrado destacou a criação do homem e da mulher como sendo o ápice de toda a obra divina.  Tudo o que foi feito, o foi para que o ser humano pudesse ser a coroa da criação e expressasse a exata imagem e semelhança do Criador (Gn 1: 26-28).

Chegando ao Livro do Salmo, nós lemos a fascinação de Davi diante da imensidão do firmamento e como ele questiona: “Que há na humanidade para que possas lhe dar atenção?  E em um indivíduo para que te importes?”.  Ao que responde no mesmo Salmo atestando que fomos feitos apenas “pouco aquém da divindade”, sendo adornados de glória e honra (Sl 8:4-5).

Essa é compreensão cristã do valor da vida humana – um valor absoluto e inegociável.  Deus nos fez para ser suas obras primas e, como conjunto de todos os homens e mulheres criados e amados por ele, o bem mais precioso a ser valorizado.

Assim então deve se manifestar o amor cristão como critério de sua ética.  A preservação e dignidade de toda vida humana em qualquer tempo e circunstância tem que ser uma prioridade nas ações e decisões de todo crente e de cada igreja.  Ou seja, toda ação e omissão que atentem contra vida humana e sua honra insulta a Deus e, portanto, deve nos ofender também.

Quando se tiver que escolher entre valores relativos e transitórios e valores absolutos, que não haja dúvida na opção por valores eternos os quais não se pode transigir.  Entre coisas e pessoas, nada, em absoluto, ocupará o lugar de relevância da vida humana.  Que se despreze bens, coisas, narrativas, religiões e instituições para que a vida de cada ser humano seja valorizada e dignificada.  Assim deve se portar sempre um autêntico cristão.

(Da Revista DIDASKAIA – 1º quadrimestre / 2023 – IBODANTAS)

 

Para enriquecer sua reflexão sobre o tema da vida humana, sugiro os seguintes tópicos:

# Do valor da vida humana link

# A imagem de Deuslink

# No princípio – a obra primalink

# Criados a imagem e semelhança de Deuslink

# Pó, fôlego e almalink