Depois de todas as desgraças anunciadas como consequências das
abominações, arrogância e idolatria de Judá e Jerusalém. Depois também das
últimas advertências contra os líderes nacionais. O Senhor levou Ezequiel a um
vale cheio de ossos muito secos (37.1,2). A visão era aterradora.
Aquela visão demonstrava bem a situação em que o povo se encontrava na
Babilônia: como um grande número de ossos sem vida que enchiam o vale (37.11).
Mas o profeta foi levado até ali pelo Espirito do Senhor para algo começar a
mudar.
Com o profeta andando de um lado para o outro entre aqueles ossos no
vale, iniciou-se um diálogo entre ele e o Senhor, e, dessa conversa, Deus
demonstrou como seria a restauração dos exilados.
“Filho do homem, estes ossos
poderão reviver?” – foi a pergunta inicial feita pelo Senhor. Ao que o profeta
respondeu: “tu sabes” (37.3). Ezequiel tinha consciência que o destino de
homens e mulheres pertence unicamente ao Senhor e que somente ele pode saber o
que haveria de acontecer àqueles ossos e a seu povo.
O diálogo prosseguiu com uma instrução direta: “Profetiza sobre estes
ossos” (37.4).
A obediência de Ezequiel em falar as palavras da profecia como lhe foi ordenado
fez começar o processo de restauração dos ossos no vale (37.7). A inciativa da
palavra profética é sempre do Senhor – nunca do próprio profeta – e quando esse
se dispõe a ser fiel Deus honra e faz cumprir sua palavra.
Então os ossos se ligaram em corpos. Mas ainda não havia vida neles. Assim,
a próxima instrução direta foi ao vento para que soprasse trazendo vida (37.9).
Novamente obedecido por Ezequiel.
Na milagrosa restauração dos ossos no vale, Deus estava indicando que,
da mesma maneira, abriria as sepulturas do seu povo e os traria de volta à
terra de Israel (37.12).
E mais que isso, trocaria o antigo coração de pedra do povo dando-lhes o
novo coração e espírito – o seu próprio Espírito (36.26,27). Porque a obra de
restauração que o Senhor faz sempre é completa.
(Da revista “COMPROMISSO”
– Convicção Editora – Ano CXVII – nº 468)