terça-feira, 12 de novembro de 2024

OSSOS NO VALE



Depois de todas as desgraças anunciadas como consequências das abominações, arrogância e idolatria de Judá e Jerusalém. Depois também das últimas advertências contra os líderes nacionais. O Senhor levou Ezequiel a um vale cheio de ossos muito secos (37.1,2). A visão era aterradora.

Aquela visão demonstrava bem a situação em que o povo se encontrava na Babilônia: como um grande número de ossos sem vida que enchiam o vale (37.11). Mas o profeta foi levado até ali pelo Espirito do Senhor para algo começar a mudar.

Com o profeta andando de um lado para o outro entre aqueles ossos no vale, iniciou-se um diálogo entre ele e o Senhor, e, dessa conversa, Deus demonstrou como seria a restauração dos exilados.

 “Filho do homem, estes ossos poderão reviver?” – foi a pergunta inicial feita pelo Senhor. Ao que o profeta respondeu: “tu sabes” (37.3). Ezequiel tinha consciência que o destino de homens e mulheres pertence unicamente ao Senhor e que somente ele pode saber o que haveria de acontecer àqueles ossos e a seu povo.

O diálogo prosseguiu com uma instrução direta: “Profetiza sobre estes ossos” (37.4).

A obediência de Ezequiel em falar as palavras da profecia como lhe foi ordenado fez começar o processo de restauração dos ossos no vale (37.7). A inciativa da palavra profética é sempre do Senhor – nunca do próprio profeta – e quando esse se dispõe a ser fiel Deus honra e faz cumprir sua palavra.

Então os ossos se ligaram em corpos. Mas ainda não havia vida neles. Assim, a próxima instrução direta foi ao vento para que soprasse trazendo vida (37.9). Novamente obedecido por Ezequiel.

Na milagrosa restauração dos ossos no vale, Deus estava indicando que, da mesma maneira, abriria as sepulturas do seu povo e os traria de volta à terra de Israel (37.12).

E mais que isso, trocaria o antigo coração de pedra do povo dando-lhes o novo coração e espírito – o seu próprio Espírito (36.26,27). Porque a obra de restauração que o Senhor faz sempre é completa.

(Da revista “COMPROMISSO” – Convicção Editora – Ano CXVII – nº 468)

 

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