O evangelista João
nos diz que depois de ter dito as instruções finais aos seus discípulos, Jesus
foi ao Jardim do Getsêmani, um horto no sopé do Monte das Oliveiras, nas
cercanias de Jerusalém, na época famoso pela produção de azeite.
Jesus foi ali
para desfrutar de relativa paz em meio ao barulho da cidade. Naquele lugar Jesus costumava orar (leia Jo
18:1).
Judas
Iscariostes, um dos doze, que também conhecia o lugar e hábitos de Jesus,
juntou uma escolta e foi buscá-lo, colocando em execução o plano de
traição. Jesus, porém, por duas vezes se
adiantou e perguntou: quem buscais?
(veja nos versos 4 e 7). Apresentando-se
em seguida.
Para esta
situação, João fornece uma explicação.
Jesus Cristo é o Senhor da história e nada que acontece foge do seu
domínio e controle. Ele mesmo já havia
dito isso, inclusive sobre o próprio momento de morte: eu dou a minha vida para reassumir (Jo 10:17).
Na passagem, o Evangelho
enfatiza que o Mestre sabia de tudo o que estava acontecendo (observe Jo
18:4). E ainda no jardim, Jesus repreendeu
Pedro assumindo que seu destino era beber
o cálice que o Pai lhe preparou (confira Jo 18:11). É como se confessasse que foi para aquilo que
ele viera, tinha consciência e continuava no comando da situação.
Sobre Pedro
inda, neste episódio do Getsêmani, o texto diz que ele, com a própria espada,
tentou defender Jesus daqueles que o prendiam, mas foi novamente repreendido
pelo Mestre (vá a Jo 18:10-11). Afinal
não seria pelas armas humanas que Jesus passaria por aquela situação nem que
chegaria à vitória.
(Na
imagem lá em cima: uma foto atual do Horto do Getsêmani. Fonte: Google Maps)