Entre
as belas canções que trago na minha memória e que ajudam a
preencher de sons e significados a minha vida e caminhada cristã
está a música A
Rosa Vermelha.
Quanto
à letra, ela foi escrita em 1979 por Isabel Pacheco quando estudante
na Paraíba. Chegou depois a ser gravada e regravada diversas vezes.
Porém acho que a versão mais conhecida de todas (pelo menos para
mim) seja a de Luiz de Carvalho, no álbum Meus
Hinos Queridos
– vol. 3 de 1993.
Mas
certamente não são dados compilados sobre a letra, sua história ou
suas versões, que fazem este poema cantado ocupar seu lugar devido
em nossa fé cristã.
Cantamos
o que cremos, está em nosso DNA. Essa é a nossa forma bem cristã
de afirmar e expressar nosso credo, nossos valores e nossa adoração.
A nossa tradição e herança cristã dizem que a música é a nossa
distinção.
Então
é fácil perceber como as palavras da música de Isabel Pacheco
tornam-se poderosas em afirmar e demarcar nossa fé (quanto à música
em si, melodia, harmonia e ritmo vão extrapolar minhas observações
aqui – além de incluir questões de gosto e estética. Vamos nos
concentrar na letra).
A
inspiração vem claramente da profecia sobre o Servo Sofredor e de
como ele tiraria de seu momento de dor e sofrimento forças para
reverter a situação e atribuir graça e bênção
a todos.
–
Pelas
suas pisaduras fomos sarados.
Com
essa referência, a canção descreve Jesus como uma rosa vermelha
que teve o seu sangue vertido e derramado no chão, tendo sido
atingido pela solidão da morte e ali ficando por três dias (sobre a
relação entre Jesus e a Rosa de Saron não vou abordar aqui, já
tratei em outro post – veja aqui o link).
Mas
aí chegamos ao ponto forte, a estrofe que sempre mais me marcou e
ainda agora me faz cantá-la e relembrar de cor suas palavras: Mas
o seu perfume se apega à mão que a esmagou, e quem a feriu concedeu
perdão.
E tem mais: até
seus espinhos, são marcas de amor.
Gosto
particularmente da poesia desse fraseado. Minha fé e confiança,
toda minha esperança de glória, o sentido e razão de minha crença
e adoração estão nesses versos. Sou cristão porque sirvo a um
Senhor que se entregou voluntariamente ao sacrifício, e fez isso por
conta de meus pecados. Foi em meu lugar que a rosa se deixou ser
esmagada.
Mas
neste ato de absoluto amor ele está de maneira única e irreparável
impregnando seu perfume em mim. Ao feri-lo com meus pecados, foi
tomado pelo seu perdão.
A
canção ainda fala da flor que novamente brotou ao terceiro dia e do
chamamento para fazer parte do seu jardim, tudo isso está claramente
no meu credo. Sem dúvida, é o perfume da Rosa Vermelha em mim que
me faz continuar a viver e caminhar. Para a glória dele.
Teve também a regravação da Mara Lima no Disco Além da Morte de 1983.
ResponderExcluirCanção rosa vermelha esta no lado b do Lp com um arranjo lindo do Maestro Ezequiel Matos.
É verdade, teve sim.
ExcluirObrigado pela contribuição.
Abr