Três dos Evangelhos citam que Jesus
constatou a incoerência de se colocar vinho novo em odres velhos
(confira Mt 9:17 / Mc 2:22 / Lc 5:37-38). Desta observação simples
e óbvia para seus ouvintes, o Mestre deixou para nós lições
preciosas para a vida cristã.
Em primeiro lugar, é bom lembrar que o
vinho novo está associado ao evangelho que Jesus veio trazer e suas
consequências na vida do ser humano (Jo 2:1-11) e os odres velhos à
doutrina de fariseus (Mt 16:6-12); o que nos leva a compreender que
entre eles a associação é inconcebível.
Mas devemos ir além. Jesus trabalha com
o tema da necessidade de haver coerência entre o evangelho que nos
faz nova criatura e os desdobramentos que isto deve implicar em nossa
vida. Aqui a alusão é direta àqueles que evidenciam uma vida de
espiritualidade sem que isto lhes traga compromissos cotidianos.
O vinho novo que Jesus oferece é
derramado no coração de homens e mulheres que se entregam ao
Senhor. O conselho de Pv 23:26 é exatamente assim: meu
filho, dê-me o seu coração.
O vinho novo só pode ser fruído em um coração inteiramente
entregue ao Pai celeste.
Agora é fundamental ler também a frase
seguinte: mantenha os seus
olhos em meus caminhos. Vinho
novo em odres velhos não é aceitável. É preciso nutrir condições
para que o vinho novo seja oferecido.
Finalizando, reafirmamos que Jesus requer
tudo novo: o vinho que ele oferece e os odres que lhes entregamos
para que nossa vida experimente tudo o que o Mestre faz. Tudo novo!
Mas graças a Deus que somente o próprio Cristo nos proporciona
isto: Estou fazendo novas todas
as coisas (Ap 21:5).
Aleluia!
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