Quando analisamos o contexto das reformas implementadas por Josias
(reveja nesse link) observamos que ela não trouxe
nenhuma grande novidade em termos de culto e adoração. Talvez seja essa exatamente a importância de
seu projeto: renovar e restabelecer aquilo que o pecado tinha desfeito (no NT
lemos uma advertência séria quanto a isso lá em Ap 2:4).
O pecado, quando entra na vida do crente, vai minando sua vivência espiritual
e sua comunhão com Deus até que por fim a morte que distancia o adorador do seu
Senhor se abate sobre ele (veja a sequência desastrosa do mal em Tg 1:14-15).
Em situações assim, antes de buscar novas experiências sobrenaturais, é
preciso derrubar os altares idólatras que deixamos ser construídos ao longo de
nossas vidas.
Deus exige adoração exclusiva (na lei em Êx 20:3 e Dt 6:4 e Jesus em Mt
4:10). E somente assim nossa adoração e
culto resultará em aceitação e bênção.
Só agora então deve começar a reforma do templo. Mesmo entendendo que possa haver uma dimensão
predial neste conceito como local de adoração, mas o importante é compreender
que quando o altar da minha vida, reservado para a adoração ao Senhor, está profanado
é preciso purificá-lo e refazê-lo.
Não existe reavivamento espiritual sem que o templo onde ocorre a adoração
esteja refeito e purificado. Não existe
manifestação do Espírito de Deus sem que a vida do cristão esteja dedicada
exclusivamente ao Senhor.
Neste processo de reforma e renovação é que a Palavra de Deus precisa
voltar a ser lembrada (achada).
A Bíblia tem que ocupar um lugar de destaque em qualquer movimento de renovação
espiritual que possamos levar a efeito.
Aplicando as palavras de Jesus, na sua crítica aos saduceus (veja Mt 22:29),
devemos acrescentar que a simples posse do texto sagrado não é garantia pura de
sucesso espiritual.
Além de conhecer as Escrituras é preciso também reconhecer o poder de Deus.
Como no caso da reforma de Josias, há a
necessidade de aprofundar o conhecimento e ouvir o que os verdadeiros profetas
– homens e mulheres que desfrutam de um relacionamento pessoal e mais íntimo com
o Senhor – têm a dizer sobre as palavras escritas.
Um culto relevante e renovado perante o Senhor tem que estar
biblicamente centrado e profeticamente instruído.
Só então a aliança poderá ser refeita e a adoração expressar a verdadeira
celebração do renovo que Cristo dá.
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