A pedra é uma coisa bastante
citada nas páginas bíblicas. Tanto de maneira literal como
figurada. Tanto se referindo a pequenos pedregulhos como a grandes
rochas. Eu mesmo já comentei e refleti algumas vezes sobre esta
coisa.
Gostaria hoje de retomar o tema
da pedra. Agora no episódio citado em Jo 8:1-11.
Na narrativa, Jesus está
assentado na porta do templo ensinando ao povo quando os mestres da
lei e os fariseus trazem uma mulher apanhada em pecado e a apresentam
a Jesus na intenção de apedrejá-la (tomaram como base Dt
22:20-22).
Pelo entendido da narração,
eles já chegaram com as pedras nas mãos prontos para atirarem
naquela mulher – ou talvez no próprio Jesus!
Diante da situação, o Mestre
se cala e, como os acusadores insistiam, ele dá seguimento ao caso.
Então o episódio oferece a oportunidade de refletir sobre as pedras
que aqueles homens traziam nas mãos.
Entendo que, pelo menos, três
realidades Jesus enxergou nas pedras que demonstraram a verdade por
trás do fato.
Em primeiro lugar aquelas pedras
demonstravam a falta de compaixão dos fariseus. No verso cinco eles
citam a Lei de Moisés, até aí parece certo. Mas os olhos frios da
Lei não podem ser usados com o intuito de destruir vidas: não foi
esta a intenção divina, a joia preciosa da criação é o ser
humano e não a Lei (Jesus insiste nisso em Mc 2:27).
O verso seis observa que havia
intenções escusas por trás daquele gesto. As pedras nas mãos
indicavam que uma atitude de dissimulação. Agindo assim de modo
sorrateiro ele não poderiam atuar como juízes da Lei de Deus –
nem sequer comparecer diante de sua face (considere Sl 24:3-4).
E ainda nos versos sete e nove o
evangelista atesta que as pedras eram a prova de uma atitude
arrogante e presunçosa que já beirava a hipocrisia. Todos tinham
pecados, mas, mesmo assim, queriam apedrejar aquela mulher (leia o
comentário de Jesus em Lc 6:41-42).
Hoje estamos com as nossas
primeiras pedras em nossas mãos: Que elas demonstrarão? Que
significado terão? O que Jesus verá? Que faremos com as primeiras
pedras?
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