O
termo anabatista
foi cunhado a partir do grego: ἀνά
+ βαπτίζω – literalmente: batizar de novo (em alemão eles
dizem: Wiedertäufer)
e estariam incluídos entre os grupos que poderiam ser classificados
como a ala mais radical dentre os da Reforma Protestante.
No
dia 21 de janeiro de 1525, próximo a Zurique, na Suíça, os
anabatistas fundaram sua primeira igreja reconhecida, tendo como base
as seguintes afirmações:
(1)
nas
Escrituras
Sagradas,
em especial no Novo Testamento, estão toda a autoridade final;
(2)
a igreja é uma irmandade formada unicamente de pessoas renascidas;
(3)
a essência do cristianismo consiste no discipulado de Cristo; e
(4)
a ética do amor rege todas as relações humanas.
Considerando
que as práticas anabatistas deixavam às igrejas locais a autonomia
necessária para gerir suas vidas individuais e na comunidade, então
nem o grupo apresentou um nome de um teólogo reformador que se
sobressaísse, nem naturalmente as práticas de culto que foram
desenvolvidas pelos diversos grupos de anabatistas apresentavam
uniformidade em todas as suas manifestações.
Então,
mesmo não havendo um legado de culto unificado que remonte aos
anabatistas, contudo, convém destacar que as suas celebrações, em
geral, se caracterizavam por:
(a)
um forte fervor espiritual;
(b)
uma ênfase escatológica;
(c)
ausência de ritos sacramentais e
(d)
uma hinologia bastante desenvolvida.
Em
geral, os grupos dos anabatistas foram bastante perseguidos, tanto
por líderes católicos como por protestantes e pouco deixaram de
herança para as gerações seguintes, porém sua influência pode
ser sentida nos vários movimentos pietistas alemãs e ainda hoje é
possível reconhecê-los entre os Menonitas e os Amish
norte-americanos.
(Na
imagem lá em cima, uma representação
do início do século XVII da disputa sobre o batismo de 17 de
janeiro de 1525 na prefeitura de Zurique. Fonte: wikipedia.org)
# O culto luterano (link)
# O culto reformado (link)
# O culto anglicano (link)
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