terça-feira, 20 de agosto de 2024

O AMOR COMO REGRA

Segundo o próprio Mestre Jesus, o resumo da Lei e do que se estabelece como critério no plano de Deus é o amor.  Sendo assim, o primeiro e principal valor inegociável para os cristãos é amar a Deus sobre tudo e ao próximo na mesma dimensão.

Não há como relativizar a prioridade do amor cristão, pois é exatamente tal característica que haverá de nos identificar no meio do mundo e da sociedade.  Ainda foi Jesus quem assim estabeleceu ao indicar aos seus discípulos que a marca de identificação que haveria de os diferenciar deveria ser o amor que eles nutrissem uns pelos outros (em Jo 13:35).  Ou seja, sem amor não se pode ser cristão; e nunca se testemunhará do poder do Evangelho sem que se viva e encarne o amor em todas as ações e decisões.

Jesus Cristo certamente é o nosso padrão e, seguindo a compreensão do João, o Deus que é amor (1Jo 4:8), encarnou-se no Filho (Jo 1:14) por amor ao mundo (Jo 3:16) e fez assim para nos deixar o exemplo a ser seguido (Jo 13:15) – para que nos amemos uns aos outros, mesmo que isso nos custe a própria vida (Jo 15:12).

Ainda Paulo, escrevendo aos coríntios, advertiu sobre manter uma postura firme e vigilante quanto à fé, mas que, acima de tudo, o critério e motivação para cada ação e decisão cristã deve ser o amor (leia em 1Co 16:13-14).  Isso é inegociável.

E ampliando essa compreensão, Agostinho de Hipona, comentando a primeira Carta de João, foi enfático ao estabelecer o amor como máximo valor cristão.  Dizia ele: “Ama e faz o que quiseres.  Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor.  Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos”.

 

(Da Revista DIDASKAIA – 1º quadrimestre / 2023 – IBODANTAS)

 

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