TRISTEZA
PROFUNDA –
Por qualquer lado que olhasse, a situação era desesperadora e o profeta reconheceu
que ele era “o homem que viu a aflição causada pela vara do seu furor” (3.1).
Constatar que todo o povo andava gemendo procurando até o que comer
(1.11) e que “a língua do que mama fica presa ao céu da boca, de tanta sede; as
crianças pedem pão, e ninguém lhes dá” (4.4) o levou inclusive a lamentar: “os que
morreram na guerra foram mais felizes que os que morreram pela fome, pois estes
se esgotavam como feridos, por falta dos frutos dos campos (v. 9).
E só lhe restava uma alma cheia de amargura (3.15) e sentir que suas
próprias forças haviam se esgotado (v. 18).
Com uma tristeza profunda assim, as suas noites ainda lhe eram mais dolorosas
com choro de amargura e lágrimas sempre a correr pelo rosto (1.2).
Nas palavras poéticas das Lamentações: “Torrentes de águas correm dos
meus olhos, até que o SENHOR atente e veja lá do céu” (3.48,50).
Então a lamentação se tornou mais profunda quando até Deus pareceu se
distanciar, ao percebeu que já “não há lei, nem os seus profetas recebem visão
alguma da parte do SENHOR” (2.9).
São em situações como essas em que a alegria do coração acaba e a dança
se converte em lamento (5.15) e quando já não há quem nos console (1.21) que o
lamento deve ser o mais sincero, pois ali o Senhor também vai se manifestar.
(Da revista “COMPROMISSO” – Convicção Editora – Ano CXVII – nº
468)
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