O caju está muito ligado a mim e a minha história,
não somente pela minha cidade natal – e até mesmo por ela – Aracaju, o lugar
das araras no cajueiro, mas também porque me lembro bem de haver grandes áreas
urbanas ainda abertas com cajueiros – isso era nos idos da infância, já que
vários deles nem existem mais.
Mas olhe bem: o caju é uma coisa curiosa. Nem para ser chamado de fruto serve, pois a
semente e o poder de reprodução está na castanha e não no caju mesmo. Então, considerando isso, a seguinte questão
me vem à mente: pra que Deus fez o caju? Com que serventia? Que finalidade ele
pretendia?
Sei que biólogos e botânicos discorrerão sobre as
qualidades nutricionais do caju, ou sobre seu papel no ecossistema da mata
atlântica, ou ainda algo que o valha.
Sinceramente eu penso que estas são razões secundárias. Os motivos principais de Deus ter feito o
caju são outros.
Quando Deus me criou, ele me dotou de cinco
sentidos extremamente sofisticados e nisto eu acho que está a resposta sobre o
para que o Criador ter feito o caju: pelo menos três dos meus sentidos Deus acalenta
com o caju.
No final do terceiro dia da criação Deus olhou
satisfeito a vegetação que ele havia acabado de criar com suas sementes, flores
e frutos (leia lá em Gn 1:11-13). Assim,
para compartilhar a alegria de ver o colorido exuberante da criação, Deus fez
para mim o caju.
Preste atenção no vermelho ou amarelo vibrante de
um caju maduro. Deus o fez para trazer
alegria aos meus olhos. Na beleza do
colorido do caju, o Senhor tanto acaricia minha visão quanto me mostra de um
jeito explícito seu cuidado e amor para comigo.
Há um segundo sentido. O texto bíblico diz que o Senhor aspirou
satisfeito o cheiro da oferta de Noé (em Gn 8:21). Neste detalhe penso que está um segundo
motivo para o caju. Deus fez o caju para
que eu também tivesse o privilégio de desfrutar da satisfação do cheiro suave.
É verdade que há entre as frutas algumas com um
cheiro mais forte e marcante, mas poucas são tão suavemente peculiares como o
caju. Com certeza Deus fez assim para a
satisfação do meu olfato. O cheiro doce
e tropical do caju foi colocado ali por Deus para que meu nariz se sentisse
cheio e regalado e pudesse com isso me atinar para que do mesmo jeito eu devo
estar cheio do Espírito que sopra.
O terceiro sentido com o qual Deus me dotou e que é
por demais interessante quando se trata de caju é o paladar. Note que neste caso é puramente humano o
deleite da degustação (já atentou para o Sl 50:10-13?). Pois é: Deus fez o caju exclusivamente para
que eu possa encher minha boca de sua gostosura.
O caju é um simples mimo do Senhor para mim. Em nada o Criador precisaria do cajueiro, das
castanhas, e muito menos do caju, mas ele teve tanta atenção e carinho por mim
que resolveu fazer o caju. O sabor único
do caju é uma dádiva de amor e afeição gratuitos de Deus.
Sabe pra que Deus fez o caju? Tenha certeza: ele fez o caju com cores,
cheiro e sabor para que eu o desfrute.
Então, da próxima vez que você tiver a fantástica oportunidade de ter um
caju em suas mãos, desfrute do presente de Deus, delicie-se com ele e
principalmente louve o Senhor Criador por ter tanto carinho e cuidado com você.
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Baseado nos seus motivos, o que diferencia o caju de tantas outras frutas? Posso usar todos esses motivos para justificar a existência da Goiaba, que gosto mais que o caju.
ResponderExcluirQuerido Claudio,
ResponderExcluirBastante perspicaz seu cometário. Realmente a goiaba (essa sim é fruta e tem semente!) ou qualquer outra fruta pode se enquadrar nos critérios de demonstração explícita do amor gratuito do Criador por nós. E como gosto também muito de goiaba - ainda me lembro do pé que tinha no quintal da minha casa na infância - vou aceitar a sua contribuição com um convite a uma gostosa salada de frutas de adoração a Deus.
Um abraço.
"O caju é um simples mimo do Senhor para mim". Nas pequenas coisas percebemos o cuidado do Criador pela sua criação.
ResponderExcluirÉ assim mesmo.
ExcluirGlória a ele pelo seu cuidado carinhoso.
Abs