Para o estudo de qualquer disciplina
cristã é preciso recorrer à Bíblia e seus ensinamentos a fim de conhecer aquilo
que o Senhor espera do seu povo a partir desta prática, e com o jejum não é
diferente.
Em primeiro lugar deve ficar
claro que não há nenhuma ordem geral para que o povo de Deus jejue. Em vários textos vemos convocações particulares
para atender a objetivos específicos. Assim
compreendemos que o jejum pode e deve cumprir seu papel ao lado de outras
práticas cristãs em situações próprias, mas nunca como um mandamento geral.
Antes de prosseguirmos na
análise do texto bíblico, é prudente, porém, entender o que é o jejum e quais
resultados ele produz. Jejum é a decisão
voluntária e consciente (marca de disciplina) que um cristão toma em se abster de
determinados suprimentos – em especial alimento – para com isto se dedicar mais
ao Senhor.
No jejum, naturalmente o
servo disciplinado acaba por se sentir mais fraco – a falta de nutriente
enfraquece o corpo! – e nesta fraqueza sobressai a dependência das provisões
divinas para o fiel (veja 2Co 12:9-10). O
jejum testifica o desejo de mortificar a carne para vivificar o espírito na
força do Senhor (também Rm 8:13).
Convém destacar ainda que o
jejum em hipótese alguma afeta a Deus. Ele
não é mudado pela nossa prática de jejum, por mais sincero e disciplinado que
seja (confira Ml 3:6). O jejum muda o
cristão e o coloca em condições de ser revestido pelo poder de Deus e usado
pelo Espírito Santo. Deus não é levado a
mudar a sua bênção. Somos nós que nos
moldamos como vasos em suas mãos para recebermos a manifestação do Senhor (leia
Jr 18:6).
Olhando o texto bíblico,
vamos chegar ao que Jesus ensinou no Sermão da Montanha (acompanhe em Mt
6:16-18). O jejum é algo a ser praticado
entre o servo e seu Deus: como demonstração de expressão da fraqueza e
dependência do ser humano em relação ao seu Senhor. Daí o Mestre asseverar que embora o jejum
deva ser movido de alegria santa no Senhor; mas, nem por isso a sua prática deve
ser motivo de alarde.
O jejum sempre simboliza humildade
para com o Senhor, e só a ele deve-se expor tal procedimento. A disciplina consiste até nisto: em viver uma
tão maravilhosa experiência de disciplina cristã diante de Deus lá no íntimo,
sem que isto em momento nenhum possa servir de pretexto para vaidade
espiritual.
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