Para nos aprofundarmos no estudo
da disciplina do testemunho é necessário trazer para a reflexão dois textos:
Mas receberão poder quando o Espírito
Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a
Judeia e Samaria, e até os confins da terra.
(At 1:8)
Isto foi o que o próprio
Jesus falou aos seus discípulos que assistiram o momento de sua ascensão aos
céus revestido de glória. O Espírito
Santo era uma promessa divina que seria derramado sobre o povo de Deus (Pedro
reconhece como o cumprimento da profecia de Joel – veja At 2:16-21). Mas a certeza da presença do divino Espírito
Santo no meio da nova igreja não tinha como objetivo apenas proporcionar a eles
uma variedade de experiências novas e diferentes. O que o Senhor pretendia era capacitar cada
um daqueles homens e mulheres a serem testemunhas eficazes e poderosas.
Aqui os dois lados se
complementam e se interpenetram. Não há
verdadeira experiência de enchimento do Espírito Santo sem que isto resulte em
uma vida de disciplinado testemunho do poder de Deus e suas realizações na
história. Também não haverá testemunho
significativo enquanto não formos tomados por completo pelo controle do
Espírito de Deus derramado entre nós (leia Ef 5:18). Ou seja, a disciplina do testemunho começa
quando o Espírito da promessa vem sobre nós com o seu selo (confira Ef 1:13) e
a partir daí não há como não se viver intensamente moldados por esta
disciplina.
O outro texto vem das
palavras de Jesus no Sermão da Montanha:
Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída
sobre um monte. (...) Assim brilhe a luz
de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem o
Pai de vocês, que está nos céus.
(Mt 5:14-16)
O Mestre nos qualifica como
luz no meio deste mundo de trevas. Ser
luz não é uma opção para aqueles que seguem Jesus e vivem como cidadãos do
Reino de Deus. E por ser luz não há como
se viver escondidos. Observe, contudo,
que ele nos fala sobre decisões a serem tomadas e responsabilidades que devem
ser assumidas. É preciso assumir com
responsável decisão as implicações de uma vida disciplinada de fazer a luz
brilhar, mesmo em meio as mais densas trevas.
Não é somente uma questão de esperar para ver o que pode acontecer com a
luz que há em nós – ou aguardar alguma oportunidade de dizer certas palavras as
quais mostrem que compomos o esquadrão do exército de Deus.
A questão principal é
demonstrar com coragem e decisão em cada atitude da vida que somos comprometidos
com o Reino de Deus e seus valores (veja Mt 6:33).
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