Começando
hoje, e nas próximas terças, pretendo publicar uma série de pequenos estudos
bíblicos sobre Disciplina Cristã.
Disciplina é o jeito próprio de viver, mas que começa no interior do ser
humano. Não tem a ver com repreensão ou
estudo – embora a palavra se preste a isso – mas é o conjunto de atitudes que
começam na disposição do coração e moldam nosso padrão de comportamento.
Assim,
quero lhe convidar a acompanhar a série de estudos aqui em nossa página. Leia, comente, contribua. Todos vamos crescer juntos.
Arrependimento
Todas as disciplinas cristãs
são essencialmente um jeito próprio de viver, mas é preciso ficar claro também
desde o início que elas começam no interior do ser humano (inicie lendo Mt
15:18). Ora, sendo o arrependimento a primeira
das disciplinas cristãs, então, naturalmente ela é o ponto de partida para que
o cristão possa viver de maneira adequada toda a sua vida de modo disciplinado
e consciente diante de Deus e dos homens (veja Lc 2:52).
Para nos aprofundarmos na
disciplina do arrependimento é preciso que primeiro se diga algo sobre o pecado. A Bíblia nos diz que fomos criados a imagem
de Deus (considere Gn 1:27), mas pelo pecado do primeiro casal, toda a espécie
humana foi contaminada pelo pecado (também Rm 3:23 e 5:12). O pecado é a separação que o ser humano
experimenta da vontade e do projeto de Deus para sua existência. O pecado rompe o relacionamento do criador com
as suas criaturas e gera um abismo que pode ser compreendido como uma falta ou dívida
do ser humano para com Deus. Também o
pecado é um desvio da rota traçada, um erro do alvo estabelecido para homens e
mulheres.
Tudo isto que afirmamos
sobre o pecado produz consequências, principalmente no interior do ser humano,
mas também traz sequelas para sua vida exterior. Neste ponto é que a disciplina do arrependimento
começa a ser entendida mais profundamente.
Ora, o verdadeiro arrependimento,
experimentado como uma disciplina cristã, tem que começar no interior do ser
humano. O arrependimento tem início
quando se há na alma a certeza muito clara de que algo está errado – não
deveria ter acontecido desta maneira, nem tomado estas implicações. E esta certeza interior, que já é a manifestação
da presença do Espírito Santo no coração do crente, gera uma sensação de abandono
e rejeição. O arrependimento começa com
a alma que se sente perdida e desamparada por causa do distanciamento do Criador,
distância esta que foi provocada pelos seus próprios atos e decisões.
Mas a disciplina do
arrependimento não para por aqui: se for apenas um sentimento de que algo está
errado é apenas remorso que leva à morte e não arrependimento verdadeiro. É preciso que este sentimento venha e motive
a tomar uma decisão séria e definitiva que produza resultados concretos. A decisão é séria porque envolve o destino da
sua própria vida; é definitiva porque vai exigir uma nova postura em relação
aos erros cometidos; e produz resultados concretos porque leva a uma tomada de
resoluções que envolvem toda a vida, tanto interiormente quanto nas atitudes
externas. Ou seja, para que não seja
sentimento vazio, é preciso que mude completamente a forma, o jeito, de viver e
agir em relação àquele pecado cometido e do qual o fiel se arrepende.
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