sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

NOMES E REFERÊNCIAS


Claramente a primeira parte de nossa Bíblia – a que chamamos de Antigo Testamento – tece toda sua narrativa em torno de três personagens: ABRAÃO, MOISÉS e DAVI.

 

– Mas, por curiosidade, qual dos três teria o papel de maior destaque?

 

Vou pedir ajuda de pesquisa para responder a essa questão inicial.  Mas, nesses tempos de pesquisa de intenção e números, algumas ressalvas iniciais devem ser citadas:

§ Não sou estatístico, nem matemático, então minhas análises dos dados são bíblicas e teológicas.

§ Não fiz as contas, ou “corri os dedos” pelo texto somando as ocorrências.  Hoje tem soft e internet que fazem isso, então só fui lá e colhi os números.

§ Não inclui o nome de Adão porque, como nome próprio, além das narrativas inicias, ele só é citado em genealogias (depois quero estudar melhor sobre ele).

§ Na tabela lá em baixo, inclui outros nomes e números do Novo Testamento para enriquecer a pesquisa.

 

Vamos aos números dos personagens:

 

# ABRAÃO – 236 citações no AT, sendo + de 90% no Pentateuco e apenas dois Salmos o citem.

# MOISÉS – 766 citações no AT distribuídas em todas as partes do AT.  Nos Salmos, além de haver um atribuído a ele, há outras sete citações de seu nome.

# DAVI – 1075 citações no AT, o que equivale a 50% nessa contagem.  Nos Salmos, Davi é autor ou referência de pelo menos 75 deles (igual percentual).

 


Números assim me levam a concluir que Abraão é o grande patriarca que deu origem ao povo e a nação e embora Israel, e os Escritos Bíblicos, reconheça a aliança inicial do Senhor, sua ênfase nas origens mostra que ele foi a referência de pai, que foi muito importante no início, deixou seu legado e ensinamentos importantes, mas que a vida e a Revelação seguiram em busca de maturidade e personalidade.

Depois veio Moisés.  Considerado o libertador nacional e legislador por excelência ao ter recebido a Torah diretamente do Senhor.  E será assim que ele será lembrado quase em sua totalidade: excetuando-se seu nascimento e poucos episódios no deserto, em geral ele é citado como o homem da Lei. 

À relação paternal, seguiu-se um relacionamento legal onde Leis e Normas precisavam ser estabelecidas – e elas se distribuem em todos os momentos de nossa vida e caminhada com o Senhor.  Mas também aqui não é nosso destino, segundo essa compreensão bíblica.

E finalmente temos Davi.  Comparando os três, metade das citações nominais do Antigo Testamento apontam para o grande Rei Davi.  Começando nos livros de Samuel, a referência a Davi é quase inevitável em todo material bíblico daí em diante. 

Davi era um homem segundo o coração de Deus (citações de 1Sm 13: 14 e At 13:22).  E a isso também aponta tal estatística.  Iniciamos como filhos, passamos por servos obedientes e fomos atraídos para termos intimidade e relacionamento com um Deus pessoal que quer fazer vibrar seu coração junto ao nosso.

Um detalhe: os números de citações desses homens nos Salmos corroboram nessa conclusão.

Mas há um nome que está sobre todo nome e que extrapola qualquer estatística ou referência matemática.  Um nome diante do qual todo joelho haverá de se dobrar e toda língua haverá de confessar seu senhorio: o nome de JESUS CRISTO (Fl 2:10-11).




terça-feira, 25 de janeiro de 2022

APRESENTANDO O QUARTO EVANGELHO

 


O quarto Evangelho que encontramos em nossas Bíblias é nomeado como: Evangelho de João.  Ele não é apenas mais um texto que apresenta a vida terrena de Jesus e seu ministério.  Diferente dos três anteriores (Mateus, Marcos e Lucas), João não tem como preocupação somente narrar a história e fatos da vida de Jesus Cristo.  É mais que isso: João nos dá uma reflexão profunda sobre quem é Jesus, sua divindade e as implicações de sua vinda à terra.

Quanto à autoria do texto, o seu nome próprio não é apresentado em nenhum momento da escritura; mas no verso de 21:24 temos uma referência a ele: o discípulo que dá testemunho.  Mas quem seria ele?  O que podemos afirmar com certeza é que se tratava de um discípulo que privava do círculo íntimo de Jesus e que com frequência se refere a si mesmo com a expressão: o discípulo a quem Jesus amava.

Assim, o nome mais provável seria o de João, que junto com Pedro e Tiago é apresentado em todos os evangelhos como alguém bem próximo a Jesus (confira por exemplo Mt 17:1 e Mc 5:37).  Sendo ele, o Evangelho de João deve ter sido escrito em Éfeso, onde o apóstolo liderou uma comunidade cristã até o final do primeiro século.

E quanto ao objetivo da Escritura, o próprio texto assume que muitas outras coisas ainda poderiam ser escritas (Jo 21:25), mas estas foram selecionadas para oferecer argumentos suficientes para que possam crer que Jesus é o Cristo – o Filho de Deus.  E, crendo, possam ter vida em seu nome (Jo 20:31).

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

OS SINAIS DA CHEGADA

Um questionamento dos discípulos forneceu a ocasião para Jesus ensinar: Quando sucederão tais coisas? (Mc 13:4).  Ora, se coisas terríveis estavam por acontecer, era importante saber quando elas seriam.  Tempos em que um templo como aquele viria ao chão deveriam ser aguardados, para ninguém ser tomado de surpresa.

A resposta de Jesus, porém foi em outra direção: o importante não é saber quando, mas como.  Pois somente assim nenhum discípulo será realmente surpreendido pelos eventos que estão por acontecer.

Além do que, na verdade ninguém pode determinar com exatidão o dia certo de tais acontecimentos pois isso compete somente ao Pai (confira em Mc 13:32).

Então o Mestre começou a listar alguns sinais a serem percebidos claramente quando os tempos estivessem para ser cumpridos.  Ele falou de falsos cristos (versos 6 e 21); de guerras (verso 7); de sinais na natureza (verso 8); de perseguição aos discípulos (versos 9 e 13) e de desestruturação familiar (verso 12).  Mas também citou que o evangelho deverá ser anunciado a todas as nações antes do fim (leia o verso 10).

Importante também destacar que Jesus lembrou que nada disso é realmente o fim (leia em Mc 13:7).  Embora tais acontecimentos possam apontar para o final da história, contudo eles serão apenas o princípio das dores, e não o fim propriamente dito. 

Ainda haverá um outro grande aperreio a marcar de maneira mais clara que o tempo está chegando (confira em Mc 13:19).  Mas também nele os verdadeiros discípulos não deverão se preocupar.  Ainda em meio a esse aperreio tremendo, o próprio Deus haverá de mostrar sua grande misericórdia e compaixão abreviando os tempos das dores (leia Mc 13:20).

Todos os acontecimentos, contudo, nada são que sinais do evento principal que marcará o futuro.  O principal será a volta do Filho do Homem.  Os sinais apenas apontam que o tempo do grande dia do Senhor estará por acontecer. 

Isso sim, foi o principal anúncio de Jesus aos seus discípulos naquela última semana.

Ora, quando os sinais nos céus e na terra anunciarem que todo este sistema atual de coisas está chegando ao fim, então será o tempo de o próprio Filho do Homem chegar das nuvens para estabelecer o novo tempo.

Neste novo tempo da chegada do Filho do Homem, os reinos e os poderes deste mundo serão abalados e rendidos.  Mas também os eleitos conhecerão o final de suas dores e aflições.

Tudo isso porque chegará o momento do Filho do Homem vir nas nuvens com grande poder e glória (leia Mc 13:26), quando ele reunirá para si os seus escolhidos (leia também Mc 13:27).

Aquilo que Jesus vinha anunciando desde o início do seu ministério – a chegada do Reino de Deus – era a preparação para este dia quando Deus haverá de se manifestar com todo o seu poder e glória:  o Reino estará estabelecido por completo e ele reinará.


terça-feira, 18 de janeiro de 2022

ALGUMAS HERESIAS CRISTOLÓGICAS

Jesus Cristo é a pessoa central de nossa crença e de todo o nosso sistema de doutrinas.  Em torno dele está estabelecido tudo o que conhecemos e afirmamos como CRISTIANISMO.

Mas, nos primeiros séculos de sua história, o Cristianismo precisou enfrentar algumas ideias e conceitos errados – heresias – que se formaram sobre Jesus Cristo.  Então foi preciso lutar e rechaçar essas teorias para que a doutrina de Cristo se firmasse.

Veja no quadro e relação a seguir algumas heresias cristológicas presentes no primeiro século e a resposta que foi dada a elas:

§ EBIONISMO – Heresia de origem judaica surgida no segundo século cristão.  Seu nome deriva do hebraico 'ebion' que significa "pobre".  Ficou assim conhecido por que eles empobreciam a pessoa de Jesus, negando a sua divindade.  O Credo Apostólico aceito pela Igreja afirma categoricamente que Jesus Cristo é o próprio Deus encarnado – a segunda pessoa da Trindade (considere Cl 2:9).

 § DOCETISMO – Heresia que surgiu entre gregos no primeiro século e floresceu nos séculos II e III.  Seu nome deriva do verbo grego 'dokeo' – "parecer".  Criam na divindade de Cristo, mas negavam o corpo físico de Jesus – ele teria apenas uma aparência humana (algo como uma ilusão ou holograma).  Qualquer doutrina ou teoria que menospreze a humanidade completa do Jesus histórico e sua vivência naquele contexto invalida a doutrina cristã e torna irrelevante seu sacrifício salvífico.  João foi claro e objetivo na afirmação da origem dessa heresia é o anticristo (1Jo 4:2-3 / 2Jo 7 – também 1Tm 2:5).

 § ARIANISMO – Heresia antitrinitária pregada pelo presbítero egípcio Ário (250-336).  Ele pregava que Jesus seria uma espécie de semideus – um deus subalterno ao único Deus eterno e verdadeiro.  Ou seja, um ser intermediário entre divindade e humanidade, menor que Deus e maior que homem (nem uma coisa nem outra).  A doutrina cristã afirmada em seus credos afirma ser Jesus Cristo completamente divino e completamente humano (leia o prólogo do Evangelho de João – Jo 1:1-14). 

 § APOLINARIANISMO – Heresia proposta por Apolinário de Laodiceia (310-390).  Ele afirmava que Jesus tinha um corpo puramente humano e uma mente exclusivamente divina (o 'logos' ocupou o lugar do 'pneuma'), ou seja, uma espécie de substituição de aspectos humanos por essências divinas no Jesus histórico.  O Concílio de Constantinopla (em 381) tratou do tema e o considerou herético por mutilar o homem Jesus (atente para Hb 2:14-17).

 § NESTORIANISMO – Heresia pregada pelo patriarca de Constantinopla Nestorius (428–451).  Ele ensinava que a união das duas naturezas de Jesus Cristo era apenas moral e não orgânica.  Essa ideia levou a uma interpretação de que o Jesus-Deus eterno "adotou" o Jesus-homem nascido de Maria.  Nestorius foi condenado por diversos pais da Igreja e finalmente declarado herege e removido de seu patriarcado pelo Concílio de Éfeso em 431 (vá a Jo 17:22 e Hb 1:23).

 § EUTIQUIANISMO – Heresia monofisita defendida por Êutico, que era monge em Alexandria no século quarto.  Ele pregava que com a encarnação não haveria mais duas naturezas distintas, mas que a essência divina se fundiu com a essência humana de Jesus Cristo gerando uma tertium quid – uma terceira natureza: nem mais humana e nem mais divina.  Essa heresia foi condenada pelo Concílio de Calcedônia, em 451.  A doutrina cristã afirma que Jesus era humano e é divino – os dois (leia Gl 4:4).

 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

APOCALIPSE - Enquanto aguarda a Grande Ceia


 


APOCALIPSE - Enquanto aguarda a Grande Ceia Reflexão baseada em Ap 19:7

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

UM CORDEIRO PARA OFERTA

 


     0 episódio do sacrifício de Abraão no Monte Moriá (narrado no capítulo 22 do livro do Gênesis) é um dos mais marcantes e impressionantes na história do patriarca.

A narrativa começa com a declaração de que o próprio Deus decidiu aplicar um teste em Abraão. 

Não é todo momento que Deus quer esmiuçar de que se constitui o coração humano.  Mas, quando isso ocorre, também não deve ser motivo de susto ou medo.  Moisés reconhecia que o objetivo do teste era para impedir o pecado (confira Êx 20:20).  E um milênio depois do patriarca, Davi suplicou por passar em um teste desse (no Sl 26:2).

 

Voltemos nosso olhar para a narrativa no Gêneses, ali a instrução é direta:

– Tome seu filho e o ofereça em holocausto.

 

Na manhã seguinte, Abraão se levantou cedo – para obedecer é melhor começar logo – pegou os apetrechos necessários, chamou Isaque, seu filho, e seguiu em direção a Moriá.  Três dias de viagem.

 

Durante a caminhada, o garoto perguntava:

– Aqui estão fogo e lenha para o sacrifício.  Mas onde está o animal?

 

A resposta na ponta da língua era: “Deus vai providenciar”.  Mas parece que estou sentindo o coração, alma e mente do velho patriarca sendo rasgados.  Dilacerados.  A questão do filho se agigantava!  Atormentava!

Recuar não era opção.  Detalhar para o garoto só aumentaria a dor.  Procurar atalhos, descaminharia para desobediência.  

 

 Onde está o animal?  Por que não trouxemos aquela ovelhinha do nosso rebanho que a cevamos para a oferta?  Ela viajaria calma e docilmente para ser imolada!

 

E a prova da fé foi sendo forjada na solidão da obediência.  É que os embates travados nas profundezas silenciosas da alma são os que produzem as mais significativas vitórias.  Elas aquietam o coração (assim cantou o salmista no Sl 42:11).

 

Já no lugar indicado: um altar foi construído, a lenha amarrada em cima e o filho colocado como oferta.

 

E no momento fatal, a intervenção divina indicou que Abraão passara no teste:

 Não toque no garoto.  Estou vendo que sua fé é em mim e não nas minhas bênçãos!

 

Então Abraão olhou e percebeu que estava ali um carneiro montês embaraçado pelos chifres.  A força bruta do animal selvagem estava domada para servir de oferta substitutiva.  Oferta providenciada pelo próprio Deus. 

Deus não queria Isaque – ele era dádiva graciosa ao patriarca.  Também não queria uma ovelha de rebanho.  Ele queria Abraão, subjugado em sua alma depois de travada a luta e provada a obediência – como um cordeiro bravo preso em seus chifres, vencido e vulnerável.

O patriarca era a oferta, e ele estava agora ali no altar naquele cordeiro.  Um cordeiro agora recebido como dádiva e providência do próprio Deus e a ele devolvido, como oferta de consagração de uma vida completamente embaraçada no altar.

(Mais tarde o Senhor iria estabelecer que oferta igual fosse apresentada para consagração dos sacerdotes a oficiar diante dele – vá a Lv 8:22).

 

E, finalmente, tendo feito a (auto-)oferta no altar de Moriá ao Javé-Jiré, que tudo providencia, Abraão voltou para a vida.

 

(Na imagem lá em cima, um frame de um carneiro montês do Monte Moriá
– crédito:
wikipédia.com)

 

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

SOBRE O ARMAGEDOM

Para alguns leitores da Bíblia, um episódio específico parece concentrar todo o cenário e clima de embate relatado no Apocalipse.  Em meio a descrição dos flagelos provocados pelo derramar das taças da ira de Deus, o texto diz que os pelejantes se reuniram para a batalha “no lugar que, em hebraico, é chamado Armagedom” (em Ap 16:16). 

 Quanto ao nome do lugar que aponta para o local da batalha, o próprio texto reconhece que faz uma transliteração grega a partir da língua hebraica.  Ou seja, em grego a palavra Ἁρμαγεδ(δ)ών seria a forma helênica da expressão semítica הר מגידוa montanha de Megido, localizada na região central da Galileia. 

Cito aqui as palavras de Onesimus Ngundu que apresenta razões históricas para a importância desta localização em particular e seu papel no desenrolar do Apocalipse:

Megido era uma cidade importante que guardava a passagem pelo vale de Jezreel em Israel, onde ocorreram diversas batalhas decisivas no passado (Jz 5:19).  Foi ali que o rei Acazias morreu (2Rs 9:27) e Josias, o monarca reformador piedoso foi derrotado (2Rs 23:29).  Ao que parece, João não está predizendo uma batalha literal nesse lugar, mas apenas o utiliza como símbolo da última tentativa das forças do mal de derrotar a supremacia de Deus. 

Importante, porém, na narrativa do vidente do Apocalipse é que ele faz referência ao Armagedom, mas não descreve a batalha.  No verso seguinte é dito que o sétimo anjo derramou sua taça e gritou: "Já terminou!" (em Ap 16:17).

 

 


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AD Santos Editora

 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

TUDO NOVO

 


 

Começando no capítulo 21 de Apocalipse, o vidente João narra a última parte de sua visão:  ele reconhece a noiva adornada para o casamento e ouve uma voz garantindo que o próprio Deus está estabelecendo seu tabernáculo entre os seres humanos e ainda, por isso mesmo, ecoa a promessa de que "ele enxugará toda lágrima".

Mas são as palavras daquele que está sentado no grande trono eterno que dão sentido e garantia a tudo aquilo:

 

– Estou fazendo todas as coisas novas. (Ap 21:5)

 

O apóstolo Paulo já havia escrito que em Cristo somos feitos uma nova criação, o que implica em coisas novas (leia em 2Co 5:17).

Agora o João testemunha que realmente em Cristo somos refeitos.

E observe: não serão apenas alguns aspectos, ou uma nova versão do que está aí. Ele não vai consertar, remendar ou atualizar nada. É tudo novo!

 

Assim, já no início desse ano, quero reafirmar minha firme esperança: apesar das aflições do momento presente e rompendo com a linha de continuidade desse tempo, eu posso crer que Deus em Cristo – o Cordeiro que conquistou a dignidade do trono pelo seu sacrifício – já está fazendo tudo novo.

Para glória dele. 

 


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Na imagem: reprodução da fotografia Nascer da Terra (em inglês, Earthrise),
 tirada por William Anders durante a missão Apollo 8 à Lua, em 24/12/1968
– fonte: wikipedia.org

 

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Questões sobre APOCALIPSE e ESCATOLOGIA – 5

 


Vamos a mais uma sequência de perguntas sobre Apocalipse e o tema da Escatologia – o estudo das últimas coisas.

(leia aqui a lista anterior de questões link)

 

§.  Quem é a Babilônia? Uma cidade, uma religião, um governo...?

 

A Babilônia (também conhecida como Grande Prostituta – citada em Ap 17) é todo lugar e/ou circunstância onde os poderosos se reúnem para celebrar a maldade e arrogância e requerer para si um louvor indevido.

 

§.  Os atuais céus e terra serão destruídos ou apenas renovados?

 

O verso de Ap 21:1 fala em novo céu e nova terra e que os primeiros já passaram.  Creio que Deus não “remenda” coisas velhas, mas refaz.

 

§.  As pessoas no céu precisarão ser curadas (Ap 22:2)?

 

Entendo que se optar pela tradução do termo grego usado no texto de Apocalipse como “cuidado” – no lugar de “cura” – o verso fica melhor entendido (essa possiblidade de tradução é coerente com a linguística e o léxico da língua original).

Assim temos no texto de Ap 22:2 uma declaração exuberante e carinhosa afirmando que todos os habitantes da Cidade Santa estarão sendo cuidados.

 

§.  Todos os cristãos irão morar na Nova Jerusalém ou é apenas para poucos e iremos morar na nova terra?

 

O texto sagrado nos garante que todos somos convidados para as bodas do Cordeiro.

 

§.  O lago de fogo existirá eternamente ou os maus serão aniquilados?

 

O texto de Apocalipse não faz nenhuma referência a aniquilação (extinção) do lago de fogo, nem daqueles que para lá foram enviados (Ap 20:14-15).

 

§.  Como fazer para entrar na Nova Jerusalém?

 

Essa é fácil! O Cordeiro adquiriu com o seu sangue para si pessoas de toda tribo, língua, povo e nação (Ap 5:9).  Aqueles que foram comprados pelo Cordeiro, com ele reinarão.  Os que lavaram as suas vestes no sangue do Cordeiro estarão para sempre na Nova Jerusalém, diante do Grande Trono Branco, adorando àquele que é eterna e unicamente digno.

 

 

Faça a sua pergunta sobre APOCALIPSE e ESCATOLOGIA e me envie diretamente aqui nos comentários ou pelo e-mail: jnescrevinhando@gmail.com

 

Questões sobre APOCALIPSE e ESCATOLOGIA –

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Os quatro ALELUIAS do Apocalipse

OS QUATRO ALELUIAS DO APOCALIPSE


 

Reflexão baseada em Ap 19:1-10