Bom dia
querido. Veja o que podemos aprender com
ele
1. Todo texto
para ser melhor entendido precisa de seu contexto. 1Jo 5:16 que fala sobre "pecado para
morte" segue o argumento que a carta já vem expondo. No verso 13 há a afirmação de que em Cristo
temos vida eterna. Isso é garantido aos
que crêem no nome do Filho de Deus.
Penso que aqui tem uma importante chave de compreensão do texto.
2. Mas há
diferentes tipos de pecado: uns levam à morte enquanto outros não. Aqui comentadores propõem interpretações
diversas. Só para citação: a) a
Igreja Católica lista pecados capitais – para a morte – e veniais; b)
outros falam em pecados que levam diretamente à morte física e citam episódios
como o dos filhos de Arão (Lv 10:1-7) ou de Ananias e Safira (At 5-1-11). Não vou comentá-los por que acho que estas
interpretações não condizem com as doutrinas bíblicas que abraçamos e ao
contexto geral da própria Bíblia.
3. Voltando
ao contexto. É sempre preciso reafirmar
que todo pecado gera morte (dito tanto em Rm 6:23 como em Ez 18:4). Então, como diferenciar os pecados mortais?
4. No
texto. O argumento de João é que a vida
só nos é ofertada por obra de Cristo. Veja o que diz o verso 12: "Quem
tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida". Ou seja, no texto bíblico, a morte e a vida
estão ligadas à adesão ao Filho e a sua obra de graça. Logo um pecado que nos aliene desta aliança
leva necessariamente à morte.
5. Nesta
lógica está a interpretação do versículo 16.
Qualquer pecado pessoal, consciente e voluntário que me afaste de Cristo
– o nome disso é apostasia – não tem como ser absorvido, pois é em si a
recusa do próprio perdão!
6. Esse é o
pecado para morte, e por ele nenhuma oração será eficaz, pois implica em
rejeição – apostasia deliberada. E nesse
sentido também está a conclusão do verso 18: "todo aquele que é nascido de
Deus não peca". Quem nasceu de novo
em Cristo o fez exatamente por aceitar seu sacrifício, esse não peca, isto é,
não abraça a apostasia e o "maligno não lhe toca".
7. Para
fechar, pois já está ficando grande.
Bons intérpretes da Bíblia como J. Calvino, J. Stott e Augustus
Nicodemos caminham por essa linha de entendimento.
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