sexta-feira, 29 de março de 2019

Doenças da Alma – ASMA


Seguindo nossa série de reflexões sobre as doenças da alma, quero me propor a refletir sobre a asma. Essa é uma moléstia conhecida desde a antiguidade. O médico greco-romano Galeano já a conhecia no século II a.C. e a descreveu como obstrução dos brônquios.
Vamos entender melhor.
De acordo com o site do Dr. Drauzio Varella a "asma é o estreitamento dos bronquíolos (pequenos canais de ar dos pulmões) que dificulta a passagem do ar provocando contrações ou broncoespasmos. As crises comprometem a respiração, tornando-a difícil."
E mais, são fatores de risco que podem desencadear crises: pólen, mofo, ácaros, fumaça de cigarro, poluentes do ar, gases químicos, inseticidas, poeiras e até determinados alimentos, como o leite e os ovos; além de resfriados e gripes e o estresse emocional.
Então aqui temos uma doença seríssima da alma. A manifestação ativa de Deus é citada desde a criação como o vento, fôlego ou hálito que se movimenta e sopra (confira em Gn 1:2). E esta compreensão só vai se agravar ao se perceber que tal manifestação é a própria Terceira Pessoa da Trindade (compare com Jo 3:5-8).
Ou seja, qualquer doença que tire, bloqueie ou dificulte o Ar de circular pelo meu interior estará me privando de ser alimentado, arejado e refrigerado pelo Espírito Santo e a condenação à morte espiritual é inevitável. Sem que o Espírito de Deus – o seu Fôlego Sagrado – circule pelos pulmões da alma, o deserto toma conta da existência e, de dentro para fora, vai me matando.
Sem vento, a vida se esvai...
Deixe-me dizer de outro jeito. O Espírito Santo é a própria vida soprada por Cristo sobre seus discípulos (confirme em Jo 20:22). Logo, não há vida cristã sem que o Espírito de Deus esteja ali, presente, atuante, ventilando. Então, consequentemente, como não há vida cristã sem a presença e manifestação do Espírito, também qualquer incidente ou mal que me prive deste Vento é fatal.
Repito: esta é uma seríssima doença da alma. Também por que pode desencadear episódios de crise a partir de elementos muito pequenos, quase imperceptíveis para alguns, mas extremamente danosos para os doentes.
Quando os pequenos males presentes na vida vão poluindo nossa alma e impedindo o Espírito de circular saudável e livremente em nosso interior, as crises espirituais se sucedem e a qualidade de vida cristã em nós vai se deteriorando.
Tiago, em sua Epístola, apresenta a sequência deste mal que começa quase disfarçadamente e finaliza em tragédia e morte.
Começa apenas como um pequeno desejo, pecado discreto como um mofo ou ácaro, mas vai sendo inalado e alimentado até que a doença acirra o quadro de crise configurando como um pecado/doença aguda que, por fim, gera a morte do cristão (Tg 1:14-15).
É assim que tem acontecido com muitos doentes da alma em nosso meio. Pessoas com aparência saudável mas que ao mínimo contato com a poluição deste mundo pecaminoso se veem em um estado de tal crise doentia que lhes falta o ar, o fôlego divino.
O mal físico da asma é tido com incurável. Todos apontam como um estado do qual o paciente jamais se livrará, podendo apenas conviver e minimizar os efeitos na tentativa de levar uma vida o mais próximo possível da normalidade. E isso implica em remédio, a presença das chamadas “bombinhas” e, principalmente a melhora na qualidade do ambiente em que se encontra o paciente.
E aqui reside uma diferença fundamental. Em Cristo nenhuma doença é incurável, nem física e principalmente nem da alma. E ele já nos deu a fórmula apropriada para prevenir, e até curar qualquer doença espiritual, inclusive a asma da alma – que é a falta de Ar do Espírito em nosso interior.
O nosso médico espiritual receitou:
Busquem ao Senhor logo. Que o doente abandone as impurezas do pecado e que os asmáticos mudem de atitudes e pensamentos – mesmo os aparentemente mais inofensivos – e voltem a respirar o limpo e santo fôlego do Senhor pois a sua misericórdia é restauradora. Volte-se para o nosso Deus, pois ele dá de bom grado o seu perdão (a partir das palavras de Is 55:6-7. Considere também a receita de Am 5:4).

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