Seguindo
nossa série de reflexões sobre as doenças da alma, quero me
propor a refletir sobre a asma.
Essa é uma moléstia conhecida desde a antiguidade. O médico
greco-romano Galeano já a conhecia no século II a.C. e a descreveu
como obstrução dos brônquios.
Vamos
entender melhor.
De
acordo com o site
do Dr. Drauzio Varella a "asma é o estreitamento dos
bronquíolos
(pequenos
canais de ar dos pulmões) que dificulta a passagem do ar provocando
contrações ou broncoespasmos. As crises comprometem a respiração,
tornando-a difícil."
E
mais, são fatores de risco que podem desencadear crises: pólen,
mofo, ácaros, fumaça de cigarro, poluentes do ar, gases químicos,
inseticidas, poeiras e até determinados alimentos, como o leite e os
ovos; além de resfriados e gripes e o estresse emocional.
Então
aqui temos uma doença seríssima da alma. A manifestação ativa de
Deus é citada desde a criação como o vento, fôlego ou hálito que
se movimenta e sopra (confira em Gn 1:2). E esta compreensão só
vai se agravar ao se perceber que tal manifestação é a própria
Terceira Pessoa da Trindade (compare com Jo 3:5-8).
Ou
seja, qualquer doença que tire, bloqueie ou dificulte o Ar de
circular pelo meu interior estará me privando de ser alimentado,
arejado e refrigerado pelo Espírito Santo e a condenação à morte
espiritual é inevitável. Sem que o Espírito de Deus – o seu
Fôlego Sagrado – circule pelos pulmões da alma, o deserto toma
conta da existência e, de dentro para fora, vai me matando.
Sem
vento, a vida se esvai...
Deixe-me
dizer de outro jeito. O Espírito Santo é a própria vida soprada
por Cristo sobre seus discípulos (confirme em Jo 20:22). Logo, não
há vida cristã sem que o Espírito de Deus esteja ali, presente,
atuante, ventilando. Então, consequentemente, como não há vida
cristã sem a presença e manifestação do Espírito, também
qualquer incidente ou mal que me prive deste Vento é fatal.
Repito:
esta é uma seríssima doença da alma. Também por que pode
desencadear episódios de crise a partir de elementos muito pequenos,
quase imperceptíveis para alguns, mas extremamente danosos para os
doentes.
Quando
os pequenos males presentes na vida vão poluindo nossa alma e
impedindo o Espírito de circular saudável e livremente em nosso
interior, as crises espirituais se sucedem e a qualidade de vida
cristã em nós vai se deteriorando.
Tiago,
em sua Epístola, apresenta a sequência deste mal que começa quase
disfarçadamente e finaliza em tragédia e morte.
–
Começa
apenas como um pequeno desejo, pecado discreto como um mofo ou ácaro,
mas vai sendo inalado e alimentado até que a doença acirra o quadro
de crise configurando como um pecado/doença aguda que, por fim, gera
a morte do cristão (Tg
1:14-15).
É
assim que tem acontecido com muitos doentes da alma em nosso meio.
Pessoas com aparência saudável mas que ao mínimo contato com a
poluição deste mundo pecaminoso se veem em um estado de tal crise
doentia que lhes falta o ar, o fôlego divino.
O
mal físico da asma é tido com incurável. Todos apontam como um
estado do qual o paciente jamais se livrará, podendo apenas conviver
e minimizar os efeitos na tentativa de levar uma vida o mais próximo
possível da normalidade. E isso implica em remédio, a presença
das chamadas “bombinhas” e, principalmente a melhora na qualidade
do ambiente em que se encontra o paciente.
E
aqui reside uma diferença fundamental. Em Cristo nenhuma doença é
incurável, nem física e principalmente nem da alma. E ele já nos
deu a fórmula apropriada para prevenir, e até curar qualquer doença
espiritual, inclusive a asma da alma – que é a falta de Ar do
Espírito em nosso interior.
O
nosso médico espiritual receitou:
–
Busquem
ao Senhor logo. Que o doente abandone as impurezas do pecado e que
os asmáticos mudem de atitudes e pensamentos – mesmo os
aparentemente mais inofensivos – e voltem a respirar o limpo e
santo fôlego do Senhor pois a sua misericórdia é restauradora.
Volte-se para o nosso Deus, pois ele dá de bom grado o seu perdão
(a
partir das palavras de Is 55:6-7. Considere também a receita de Am
5:4).
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