terça-feira, 31 de julho de 2012

Disciplina cristã X – CONTRIBUIÇÃO


A disciplina cristã da contribuição que torna o cristão apto para ingressar nas fileiras do exército sagrado deve ser entendida tendo como base o papel do dízimo no AT e seu desdobramento nas ofertas do NT.  Mas antes de refletir sobre tal disciplina, um texto precisa ser citado:
Se eu tivesse fome, precisaria dizer a você? Pois o mundo é meu, e tudo o que nele existe.
(Sl 50:12)
Segundo o texto bíblico, tudo pertence ao Senhor (pode ler o Sl 24).  Esta verdade inicial nos diz que todos os recursos que utilizamos em nossa vida pertencem a Deus – tanto o que trazemos ao seu altar quanto o que retemos para nosso próprio sustento.  Ao requerer que uma parte dos recursos que estão sob minha responsabilidade de administrar seja colocada à disposição do próprio Deus e do seu projeto de Reino, o Senhor nada mais faz que exigir que o discípulo participe deste projeto.
Também o texto nos diz que o Senhor não tem necessidade destes recursos para atender as suas necessidades pessoais (ainda leia Mq 6:7 e Hb 10:5-8).  Tudo o que é trazido e colocado no altar de Deus não tem por objetivo suprir ou sustentar o Senhor – Deus não precisa disto! – mas proporcionar a oportunidade de o contribuinte estar comprometido com o Reino de Deus.  Ou seja, ao praticar a disciplina da contribuição, não o fazemos por que o Senhor precisa de nossa ajuda, nem para conquistar o favor de Deus; mas para ter o privilégio de estar incluído no rol daqueles que sustentam a causa do Mestre. 
Ainda estudando a disciplina, ao rever as lições da transposição do Antigo para o Novo Testamento, devemos compreender que na igreja de Cristo já não é mais a obrigação ou o quantitativo percentual que deve ocupar nossa prática da disciplina da contribuição, mas o ato de nos dedicar inteiramente no altar de Deus em adoração como uma resposta àquele que nos amou primeiro e de forma incondicional (compare 1Jo 4:19 com Rm 5:8). 
É nesta compreensão do amor de Deus em Cristo Jesus que o crente deve voluntariamente se comprometer em contribuir e sustentar a Casa do Tesouro com os seus bens, posses e talentos de modo a que não falte nada – nenhum recurso – para o Reino de Deus e sua consecução aqui nesta Terra.

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