A saudação é sempre uma
forma de interação social. Nela alguém
está estabelecendo um ponto de convívio com um outro. Neste sentido, a disciplina cristã da saudação
deve ser a ponte – o vínculo – a ser construído entre eu e meu irmão. Uma busca de encontro, um ponto de contato saudável
e amável. A disciplina da saudação então
pressupõe contato, interação imediata, reciprocidade; através dela eu me achego
ao meu irmão, posso tocá-lo com compaixão e ternura, posso sentir seu toque de
volta e desta forma criar laços sinceros entre nós.
A base sobre a qual é
estabelecida a saudação cristã deve ser o amor.
O amor é o que deve envolver todas as ações do cristão. Todo o seu viver e agir tem que ser sempre
tendo o amor como parâmetro (considere 1Co 16:14). Assim, a saudação entre os cristãos deve ser
na medida exata do amor que há de fluir, partindo de Deus, a essência de todo
amor, passando por aquele que faz a saudação e chegando ao que a recebe, também
nutrido pelo mesmo amor. Tudo pode ser
então resumido desta forma: acima de
tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito (Cl 3:14).
Quanto às formas culturais
que esta saudação se reveste, realmente é assunto de importância secundária. Quando estabeleço meus relacionamentos com
meu irmão baseado no amor fraternal, as formas culturais ficam para segundo
plano, para que sobressaiam as verdadeiras intenções e interesses do coração
(veja Rm 12:10). Neste sentido, a saudação
cristã deve expressar a cordialidade reinante entre os irmãos; expressar também
o interesse verdadeiro que devemos ter uns pelos outros; e ainda a
disponibilidade de servir uns aos outros.
É bom que seja dito aqui que
numa saudação cristã não pode haver fingimento ou fórmulas vazias de
significado. Tudo o que falamos, ou a
maneira como nos portamos, ao saudar nossos irmãos precisa ser necessariamente
o resultado daquilo que o Senhor fez brotar em nossos corações. Ou seja, não fazemos saudações para cumprir rituais
sociais ou religiosos, nós o fazemos para que o Espírito que deve palpitar dentro
de nós possa ser compartilhado com aquele a quem com prazer dirigimos a
saudação.
Mesmo compreendendo que as
formas culturais não são primordiais; deixe-me fazer duas colocações sobre elas. Primeiro quanto às palavras a serem ditas. Como foi enfatizado logo acima: que haja
sinceridade, mas também que ministre bênçãos ao serem proferidas. A fórmula usual na igreja primitiva
expressava bem este conceito: graça e paz
vos sejam multiplicadas, pelo pleno conhecimento de Deus e de Jesus, o nosso
Senhor (2Pe 1:2). Com cuidado e dedicação
cristã, podemos sempre pronunciar palavras cheias de amor cristão: nisto está a
essência desta disciplina.
Segundo quanto aos gestos. É sempre bom estabelecer contatos físicos,
pois isto faz parte da disciplina cristã.
É preciso ter muito cuidado, porém, por que nesta área pode-se dar muita
brecha para a ação do inimigo (lembre de Ef 4:27). Tradicionalmente no Brasil apertamos as mãos,
oferecemos um abraço aos mais chegados e, dependendo do caso, arriscamos até um
beijo. Eclesiastes fala em tempo de abraçar, mas cita também em tempo de se conter (Ec 3:5). Tudo isto pode ser demonstrações gestuais da disciplina
da saudação, o que é bom, mas a instrução bíblica é clara: afastem-se de toda forma de mal (1Ts 5:22). Quando for o caso de os gestos virem a ser
interpretados de maneira maldosa, o mais sábio e disciplinado é evitar. Isto vale para a prática bíblica do ósculo
santo (beijo – em vários lugares como
Rm 16:16 ou 1Ts 5:26). E Pedro vai além
se referindo a beijo de santo amor (1Pe 5:14).
O beijo, para ser incluído nas práticas da disciplina da saudação, tem
que ser necessariamente um instrumento de transmissão de santo amor e nunca uma
oportunidade para a carne (veja Rm 8:13 e Gl 5:24-25).
É ISTO AI MEU JOVEM...
ResponderExcluirGlória ao Senhor!
ResponderExcluirGostei da explicação! Que haja sinceridade nas saudações!
ResponderExcluirOremos para nosso povo possa demonstrar o amor cristão na sinceridade de suas saudações.
ExcluirUm abraço