Tanto a figura da vela em si quanto o seu
desdobramento natural – a figura da luz – foram citadas por Jesus. O que quer dizer logo de saída, que escrever
uma parábola sobre a vela é decidir caminhar por trilhas já percorridas pelo
próprio Mestre. Mas, mesmo assim,
pretendo ir a ela: a parábola da vela.
Antes de prosseguir, para que se possa conferir nas
palavras evangélicas, eis aí as citações: Jesus se apresenta como a luz em Jo
9:5; compartilha esta conceituação com seus discípulos em Mt 5:14; e observa
que não faz sentido acender uma vela e deixá-la em baixo de uma vasilha em Lc 11:33.
Voltemos a parábola. Com o perdão do trocadilho: quero olhar para
a vela e vê-la a partir das indicações iniciais do próprio Cristo, mas também
deixar as ideias vaguearem um pouco a partir da própria luz. Está claro que há verdades que são óbvias, e
algumas vezes são estas as lições mais marcantes de qualquer parábola. Ora são tais lições que procuro aqui.
A primeira verdade óbvia da vela e de sua luz é que
ninguém a acende apenas para olhar para ela própria. Sempre o objetivo é iluminar algum lugar,
alguma coisa, ou alguém. E tem mais,
como conselho oftalmológico, olhar diretamente para a fonte da luz não é o mais
recomendável. Assim a luz que há em mim
deve iluminar este mundo tenebroso e permitir aos que possam ser alcançados por
tal brilho enxergarem o caminho da vida que é Jesus.
Também me parece óbvio que a luz se expande em
todas as direções, e penetra através que qualquer fresta que encontre em seu
caminho. Sei que algumas fórmulas e
exposições da Física podem explicar cientificamente tal fenômeno, mas aqui não
é o caso e nem esta a minha área. O que
me interessa é apenas constatar a capacidade da luz de ir adiante e
encontrar um jeito de mostrar sua presença.
Isso me diz que algumas vezes vou precisar me espremer e passar por
pequenas frestas para continuar indo adiante.
Há mais uma constatação igualmente óbvia que vou
apontar. A luz sempre vence a
escuridão. Por mais que o lado sombrio
seja forte, o brilho de uma simples vela é capaz de se fazer notar. A mesma coisa dita de outra maneira: não há
breu, por mais denso e fechado que seja, que não seja vencido pela luz discreta
da mais singela vela. Ou seja, quando a
luz eterna está em mim, as trevas jamais terão poder ou possibilidade de me
vencer ou abafar.
É claro que sobre vela e luz muitas outras
percepções igualmente óbvias eu poderia listar nesta parábola, mas por agora
estas já me satisfazem. E quero concluir
orando para que Jesus me faça resplandecer neste mundo com força e persistência
a sua luz divina.
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